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Neil Patel

Marketing Jurídico: O Que É, Como Fazer e Limitações (+Dicas)

Nos dias de hoje, muitos escritórios, advogados e instituições do direito investem em marketing jurídico.

Afinal, precisam divulgar seus serviços, fidelizar os clientes, gerir suas reputações e adquirir mais contratos como qualquer outro negócio.

No entanto, esse é um segmento bastante sensível.

Existem regras e protocolos que devem ser cumpridos para manter a ordem e a boa imagem dos profissionais, como estabelecido pelo Código de Ética da OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil.

Por outro lado, os benefícios do marketing são inegáveis, o que é comprovado pela utilização de estratégias digitais e offline por grandes autoridades e empresas do ramo.

Mas, afinal, o que pode e o que não pode ser realizado no marketing jurídico?

Como atrair clientes no direito?

Como um advogado pode divulgar seu trabalho a construir uma boa imagem?

Se você tem essas e outras dúvidas, chegou ao lugar certo.

Neste artigo, vou responder essas questões e falarei sobre o que não está no Vade Mecum: como empreender como advogado.

Então, continue a leitura.

O que é marketing jurídico?

O marketing jurídico é o uso de estratégias planejadas para alcançar objetivos de negócio no ramo da advocacia.

Em outras palavras, práticas e ações que auxiliam na obtenção de resultados.

Como colocado, se refere a profissionais, escritórios ou organizações relacionadas ao direito.

Ou seja, é utilizado para os mais diversificados objetivos.

Um advogado pode alçar voos mais altos na carreira por meio da divulgação de seu trabalho.

Um escritório certamente ganhará novos clientes ao se posicionar como uma marca forte no mercado.

E instituições como a própria OAB desejam angariar novos membros.

O marketing é utilizado nos mais diversificados ramos de negócios.

Entretanto, alguns deles apresentam limitações, como é o caso da medicina, do setor público e do direito.

Esse último é regulado pelo já citado Código de Ética da OAB.

E o documento proíbe que advogados façam propaganda para captar clientes.

Mas isso não significa que você deve se manter inerte.

Existem outros canais de marketing, que não a propaganda, que também beneficiam profissionais e companhias do setor.

O marketing jurídico tem suas peculiaridades, é claro.

Mas advogados se apresentam como fornecedores de serviço que necessitam de clientes.

Para crescer na carreira, desenvolver o negócio e manter uma boa imagem, investir em estratégias de marketing é fundamental.

Especialmente hoje, quando o ambiente online permite o alcance de um número muito maior de pessoas.

Por que marketing jurídico é importante?

Existem muitas razões pelas quais o marketing jurídico é importante.

Afora, é claro, o aumento no número de negócios fechados, objetivo comum a todo e qualquer investimento.

A seguir, vamos conhecer os principais motivos que levam advogados a investir em marketing.

Se destacar no mercado

Para que o seu nome seja lembrado, você precisa trazer utilidade às pessoas.

Caso contrário, como espera que elas cheguem até você?

Através de um marketing bem feito, você consegue mostrar o real valor dos seus serviços, o que confere destaque no mercado.

Fidelizar clientes

No mundo da advocacia, confiança é uma palavra-chave.

O marketing jurídico também pode ajudá-lo para que seus clientes não o abandonem e voltem a procurá-lo quando a necessidade surgir.

Assim, ao pensar em advogado, por exemplo, seu nome surge automaticamente.

Se relacionar com potenciais contratantes

Para aqueles que ainda não contrataram seus serviços, o relacionamento é peça fundamental do quebra-cabeças.

Pense, por exemplo, em perfis de advogados nas redes sociais.

Quando alguém envia uma pergunta e tem sua dúvida sanada, as chances de ela dar prosseguimento à comunicação contínua são grandes.

Assim, quando realmente precisar dos serviços, ela sabe a quem recorrer.

Melhoria de rendimentos

O marketing jurídico é a melhor maneira para aumentar o número de clientes, mesmo que não possam ser adquiridos de maneira ativa.

Com a construção de uma boa reputação, eles irão até você naturalmente.

E mais clientes significa o quê? Sim, mais dinheiro no caixa, o que é fundamental para todo o tipo de empresa.

Se posicionar como autoridade

Há uma incontestável relação entre ensinar e gerar negócios.

Isso acontece porque, ao criar conteúdo relevante e auxiliar as pessoas no ambiente digital, elas passam a enxergá-lo como uma autoridade no assunto.

Como sabemos, o direito é uma área na qual as pessoas precisam ter total segurança em quem as representa.

Por isso, esse é um dos mais importantes passos dados ao aplicar o marketing jurídico.

Como fazer marketing jurídico?

É muito comum que profissionais e escritórios jurídicos se vejam em uma dúvida comum quando o assunto é a necessidade de crescer, de adquirir mais clientes e de desenvolver carreiras e negócios.

Como a propaganda é vedada pelo Código de Ética da OAB, isso se torna um desafio ainda maior.

Fique tranquilo, pois há um caminho nessa encruzilhada.

No mundo digital, há uma distinção entre dois tipos de marketing: o outbound e o inbound.

O primeiro é também conhecido como marketing de saída.

Isso porque são ações realizadas da empresa para o cliente.

É o que ocorre, por exemplo, em comerciais de TV, anúncios em jornais, revistas e rádio, outdoors, panfletos e tantos outros meios tradicionais.

Também ocorre quando um vendedor realiza a prospecção ativa.

Ou seja, ao entrar em contato com pessoa para realizar vendas diretas.

Na web, normalmente essa prática é representada pelos links patrocinados, que aparecem em mecanismos de buscas, redes sociais e plataformas de e-mail, por exemplo.

É justamente esse modelo de propaganda que a OAB regula em seu Código de Ética.

Os anúncios até podem ser utilizados, porém com uma linguagem moderada, sem ser tendenciosa.

Ou seja, nada de frases como “o melhor advogado do Brasil” ou “serviços de primeira qualidade”, que busquem posicioná-lo deliberadamente como superior aos colegas.

Já a metodologia inbound, conhecida como marketing de entrada, anda na contramão.

Aqui, é o cliente quem busca a empresa.

Acontece, por exemplo, quando um usuário realiza uma busca no Google e encontra um bom artigo que responda às suas dúvidas.

Ou quando ele assina uma newsletter e passa a se relacionar com uma empresa, assiste a um vídeo explicativo ou se torna um seguidor nas mídias sociais.

No mundo real, é como se um profissional fizesse uma palestra gratuita.

Esse modelo não é visto como ilegal pelas organizações que vigiam o direito brasileiro.

No capítulo VIII, o novo código da OAB diz o seguinte:

A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.

Ou seja, não há problemas em trabalhar a própria imagem, se tornar uma referência no mercado e interagir com o público, desde que não haja a tentativa direta de firmar um contrato.

O advogado não deve citar seus serviços ou seu negócio, mas nada impede que invista em criação de conteúdo.

De maneira lógica, as ações do marketing de entrada gerenciam a reputação para que os próprios consumidores entrem em contato.

Além de seguir as normas, tais ações apresentam maior eficiência, já que o contato é iniciado pelo próprio cliente depois de adquirir confiança no advogado ou empresa.

Nesse cenário, sabemos como as recomendações são importantes.

Por isso, é preciso utilizar a internet para gerar um boca a boca ainda maior.

Como o advogado pode divulgar seu trabalho?

Agora que você conhece a metodologia ideal para ser aplicada na advocacia, certamente, deve estar se perguntando como um advogado pode divulgar seu trabalho.

Então, a seguir, veja algumas práticas recomendadas.

Desenvolva uma persona

Uma das mais importantes ações de marketing consiste no desenvolvimento de uma persona.

Trata-se de um personagem fictício que representa o seu cliente ideal.

A partir disso, você será capaz de criar conteúdos que resolvam seus problemas, divulgá-los nos canais corretos e atrair somente pessoas que pertencem ao seu público de interesse.

Trace objetivos quantificáveis e avalie-os

No mundo digital, os objetivos devem ser traduzidos em números.

Pense em indicadores de desempenho nas campanhas que são quantificáveis para, de tempos em tempos, avaliar a performance de suas ações.

Mediante à observação, faça os ajustes necessários para melhorar a sua performance.

Defina os canais de comunicação

Os canais nos quais você se relaciona com os clientes são mais um elemento fundamental no marketing jurídico.

Site, blog, redes sociais e e-mail marketing são as soluções mais comuns.

No entanto, existem até mesmo canais de comunicação fora da esfera digital muito úteis, como eventos, conferências e o bom e velho telefone.

A escolha de qual meio usar passa, necessariamente, pelo conhecimento do seu público e a definição de personas, como comentei antes.

Planeje as ações

No mundo do marketing digital, cada passo dado é programado.

Não dê o tiro antes de ver o pato.

Vislumbre possibilidades, coloque o planejamento no papel e siga-o.

Acredite, você evitará problemas e erros durante a etapa da execução.

Crie conteúdo

O conteúdo é a base do marketing jurídico.

Como a propaganda é vedada, a melhor maneira para alcançar uma vasta quantidade de pessoas e posicionar-se como especialista é por meio de publicações.

No ambiente digital, temos artigos, vídeos, podcasts, e-books, infográficos, webinars, apresentações de slides e muitos outros formatos.

Seja útil às pessoas e elas o verão como autoridade.

Relacione-se

Manter um relacionamento regular é a melhor maneira de chegar e se fixar na mente das pessoas.

Assim, na hora de contratar um serviço de advocacia, elas lembrarão de você.

Responda comentários em redes sociais, crie fluxos de nutrição em plataformas de e-mail, participe de grupos, fóruns e comunidades e mostre às pessoas que você se importa com elas.

O marketing jurídico e o Código de Ética da OAB

O Código de Ética da OAB já foi citado algumas vezes durante este texto.

E não é por menos, pois é ele quem guia o posicionamento dos advogados brasileiros.

Mas, afinal, o que ele diz com relação ao marketing?

Abaixo, veja um resumo sobre o que é permitido e o que é proibido pela documentação.

O que pode ser feito?

Segundo o Código de Ética da OAB, o marketing jurídico permite ao advogado:

O que não pode ser feito?

Por outro lado, o Código de Ética da OAB não permite ao profissional:

Vale dizer que as informações aqui dispostas tomam conta de uma parcela das diretrizes do código.

Para consultar o material completo, acesse este link.

3 Dicas de marketing jurídico

Agora que sabe o que pode e o que não pode fazer para divulgar sua marca, vamos otimizar a estratégia.

Para que suas ações de marketing jurídico obtenham resultados ainda melhores, aqui vão algumas dicas certeiras.

Confira!

Invista em marketing pessoal

A imagem do profissional é tudo.

Especialmente nesse segmento, investir em marketing pessoal é crucial na hora de se mostrar como um especialista e conquistar a confiança dos clientes.

Apareça no Google

Ao investir em marketing pessoal, é natural que seu nome fique na boca do povo.

Isso é uma grande vantagem, é verdade.

No entanto, o jogo pode virar caso você não controle as primeiras páginas do Google quando as pessoas o buscam.

Por isso, vale a pena ter um site pessoal e publicar conteúdo relevante para manter um bom ranqueamento das páginas e levar quem procura pelo seu nome diretamente para um canal de mídia própria.

Aliás, não apenas por seu nome, mas por palavras-chave relacionadas às áreas do direito no qual atua.

Gere autoridade

A geração de autoridade é objeto de desejo de qualquer profissional.

Nesse caso, saiba que quanto maior a barreira de entrada, mais autoridade é gerada.

É fácil criar um post no Twitter, por exemplo, mas poucas pessoas escrevem seu próprio livro e o publicam fisicamente.

Marketing jurídico digital

Se a internet é um campo fértil para seus objetivos, como deixá-la de fora da estratégia?

A seguir, vamos descobrir quais são as ferramentas de marketing jurídico digital mais utilizadas na atualidade.

Facebook

Maior rede social do Brasil, o Facebook é ótimo para investir em relacionamentos e participar de grupos, se aproximando da audiência e sendo útil ao esclarecer suas dúvidas.

LinkedIn

Rede social voltada ao meio corporativo, o LinkedIn pode ser um ótimo estímulo para relações comerciais, parcerias e aquisição de clientes corporativos.

E também para gerar conteúdo de valor, cabe dizer.

Instagram

Aplicativo de grande popularidade, o Instagram é focado nos formatos de foto e vídeo e tem potencial para gerar alto engajamento.

YouTube

Canal mais popular de vídeos na internet, facilita a empatia e identificação do usuário, já que o formato possibilita a visualização do profissional.

É uma das melhores plataformas para quem deseja se posicionar como autoridade no segmento.

Leia meu artigo sobre como criar um canal no YouTube.

E-mail marketing

Meio de comunicação pessoal, o e-mail marketing gera bons resultados quando utilizado de maneira regular.

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu alguns dos segredos sobre o marketing jurídico.

Logo no início, descobriu o que é e por que ele é importante para os negócios.

Na sequência, viu como aplicá-lo e quais são as diretrizes impostas pelo Código de Ética da OAB que podem limitar suas ações.

Além disso, soube como contorná-las.

Por fim, observou algumas dicas para colocar a sua estratégia em prática.

Agora, é tudo com você, mas as dicas estão postas para qualificar sua estratégia.

Só não vá embora sem deixar um comentário e dividir comigo a sua experiência no assunto.

Você já utilizou o marketing jurídico em sua carreira ou para impulsionar o seu escritório?

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