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Neil Patel

Marketing Estratégico: O Que É e Como Fazer em 2020

Marketing estratégico é a criação de campanhas planejadas com critérios específicos, objetivos predefinidos e um plano de ações completo. Envolve a utilização das melhores ferramentas para captar e interpretar dados e empregá-los no embasamento de peças de marketing sob medida para aprimorar seus KPIs.

Quer usar o marketing estratégico para alcançar as pessoas certas e vender mais?

Acho que eu posso ajudar!

Primeiro, deixe eu apresentar devidamente esse conceito.

A melhor definição de marketing estratégico remete ao uso da inteligência para planejamento de estratégias de longa duração.

Em outras palavras, trata-se da elaboração prévia de ações que serão executadas em um determinado período de tempo e avaliadas posteriormente, tendo um objetivo específico de marketing.

Podemos dizer que esse conceito é o responsável por criar um fluxo de trabalho consistente e, cada vez mais, eficiente.

No texto de hoje, contarei tudo que sei a respeito do marketing estratégico e ensinarei como aplicá-lo em 2020.

Ficou interessado?

Então, siga a leitura.

O que é um plano estratégico de marketing?

A concepção de plano estratégico de marketing ganhou muita força nas últimas décadas.

Principalmente por meio de um dos pilares do marketing tradicional e digital, Philip Kotler.

Esse estudioso avalia as mudanças de comportamento e adequação de negócios para estabelecer novos padrões de comunicação entre empresas e consumidores.

Antigamente, em um período que o autor chama de Marketing 1.0, o foco do marketing era o produto.

Ou seja, toda o marketing da empresa era voltado à exaltação daquilo que se vende.

Mais tarde, quando alguns meios de comunicação mais avançados surgiram, houve a primeira revolução.

No chamado Marketing 2.0, o cerne era o consumidor.

Por isso, as táticas de marketing aplicadas tinham como objetivo compreender suas necessidades de consumo.

A segunda revolução veio por meio da internet, canal que mudou drasticamente os hábitos e costumes do consumidor.

No chamado Marketing 3.0, o consumidor não é mais visto como um mero comprador, mas como uma pessoa.

Sua personalidade, preferências e peculiaridades são levadas em consideração.

Por essa razão, no meio digital há uma maior especificação, observando o indivíduo como uma persona, e não mais dividindo a audiência por públicos.

Durante essas mudanças, a maneira como pensamos o marketing também mudou.

É por isso que passamos a dividir o processo em diferentes etapas, aplicando-as em separado para alcançar melhores resultados.

Juntas, elas formam o que chamo de plano estratégico de marketing.

Vamos conhecer quais são esses estágios a seguir.

Marketing estratégico

O marketing estratégico é a etapa básica de um plano de marketing.

Aqui são definidos alguns elementos importantes, mas dois deles ganham maior destaque.

Primeiro, o objetivo primário.

Ele é exclusivo, embora possam existir outros objetivos secundários que fortalecem o primário.

No meio digital, temos a grande vantagem de extrair uma grande quantidade de dados.

É por isso que ele deve ser quantificável.

Podemos, por exemplo, definir como objetivo o valor de 10 mil visitas no site, 20 mil inscrições na newsletter ou 30 mil vendas na loja virtual.

Esse fator depende do que você deseja para realizar melhorias no negócio.

Aqui também temos o segundo elemento: o prazo.

Qualquer plano estratégico de marketing é aplicado durante um determinado período.

Ao final dele, os números são avaliados para medir a performance da campanha.

Se os valores definidos no objetivo forem alcançados, significa que o plano funcionou.

Caso contrário, serão necessárias mudanças para atingi-lo no próximo período.

Aqui também são considerados outros componentes de marketing.

Estudos de mercado adquiridos por meio de pesquisas, análise de pontos fortes e fracos da empresa e macroambiente.

Além disso, é aqui que geralmente definimos os 4 P’s do marketing: preço, praça, produto e promoção.

Com isso em mente, passamos à próxima etapa.

Marketing tático

Depois de definida a estratégia geral, entramos na fase conhecida como marketing tático.

Aqui há, basicamente, uma subdivisão das ações.

As pautas são detalhadas e organizadas, definindo times, responsáveis e processos para segmentos distintos.

Por exemplo, pesquisa, redação, assessoria de imprensa, links patrocinados, copywriting, design, e-mail marketing, redes sociais, automação, desenvolvimento, vendas, monitoramento, atendimento, suporte online etc.

Em termos mais simples, apontar tarefas para facilitar o próxima fase.

No marketing online também é nessa fase que cria-se o calendário editorial.

Esse recurso antevê cada peça que será postada no período de execução do plano de marketing.

Ao antecipar o material de divulgação, prevê-se erros e permite ajustes pontuais na estratégia.

Marketing operacional

Por fim, chegamos ao marketing operacional, que está relacionado à execução das tarefas.

É chegado o momento de colocar a mão na massa.

Enquanto o marketing estratégico e o marketing tático são planejados e avaliados em um período de tempo mais extenso, aqui falamos sobre micro-ações.

Em outras palavras, tarefas que são observadas em curto prazo.

Um post no Facebook, por exemplo.

Você pode observar seu desempenho durante o dia e realizar anotações sobre performance.

O mesmo vale para um material rico, um artigo ou um vídeo.

Outras tarefas cotidianas como o monitoramento da concorrência, a reavaliação de anúncios e o SAC 2.0 ganham destaque nesse estágio.

Qual é a importância de adotar o marketing estratégico?

O marketing estratégico é importante porque trata-se da melhor maneira de minimizar os riscos e otimizar os ganhos em uma estratégia de marketing.

Sem ele os responsáveis pela campanha estarão caminhando em um túnel escuro.

Apesar de ser uma área ligada a elementos criativos, o marketing tem também uma boa parcela de análise.

Esses componentes são complementares.

Para que haja progresso nas ações de marketing de uma empresa, é preciso avaliar o desempenho das mesmas.

Essa é a única forma de conhecer o público e se adequar às suas necessidades e desejos.

Isso garante que os investimento realizados serão aproveitados ao máximo e garante a curva de crescimento do negócio a longo prazo.

5 Passos para colocar o Marketing Estratégico em prática

Muitas pessoas afirmam que o marketing estratégico é muito mais teórico do que prático.

Mas a verdade é que podemos aplicá-lo no cotidiano de uma empresa.

Abaixo, cito cinco passos funcionais para começar a aplicar as táticas em seu negócio hoje mesmo.

1. Planejamento inicial – Defina seu público

O planejamento inicial algumas variáveis de mercado que serão consideradas a partir do momento em que o plano é colocado em prática.

Aqui, preciso dizer que não se trata de um modelo arbitrário, mas flexível de acordo com as necessidades do seu negócio.

Vamos conhecer a seguir alguns dos principais.

Público e Estudo de Mercado

O primeiro componente sobre o qual falarei é a persona.

Trata-se da representação fictícia do seu cliente ideal.

Ou seja, uma pessoa específica representada por um personagem.

Ela é muito importante porque direciona toda a comunicação da empresa, facilitando o trabalho de quem cuida do setor.

Os colaboradores responsáveis pelo contato direto com o público serão capazes de entender suas dores, dificuldades e preferências.

Com isso, evita-se gastos com pessoas que provavelmente não fecharão um negócio.

A melhor maneira de compreender uma persona é por meio do estudo de mercado.

Em outras palavras, pesquisas que são realizadas com pessoas reais sobre pontos importantes para a companhia.

Existem pesquisas individuais, grupos focais e pesquisas de mercado.

Enquanto os dois primeiros têm como foco a análise qualitativa, o terceiro tem como eixo a observação quantitativa.

Há também um método conhecido como etnografia, no qual um indivíduo se infiltra em tribos específicas para conhecer o comportamento do público.

Hoje todos os tipos de pesquisas são realizadas on e offline.

Mas caso você não tenha recursos para gerar uma pesquisa aprofundada, existem outros métodos proporcionados por meio do marketing digital.

Os dados recolhidos por meio das redes sociais, e-mail marketing ou tráfego no blog, por exemplo, dizem muito sobre a sua audiência.

Até mesmo os clientes que você já têm apresentam algum padrão.

Encontre-o e, aos poucos, defina a sua persona.

Conheça sua jornada de compra, os meios de comunicação mais utilizados por ela, características profissionais, hobbies e outros.

Isso certamente ajudará muito na hora de dar o pontapé inicial no planejamento.

Análise SWOT

A análise SWOT é um dos mais conhecidos recursos de marketing.

Ela leva em conta quatro elementos:

Os dois primeiros itens apontam para o microambiente.

Ou seja, elementos internos da empresa.

Já os demais se relacionam com o microambiente, as forças externas que interferem no desempenho do negócio.

Ao identificar tais características, é possível elaborar as ações baseando-se nos pontos fracos e fortes da empresa.

Mix de Marketing

O mix de marketing tem como pilares os 4 P’s do marketing.

Esse é o resumo do conjunto de ferramentas utilizados como sustentação para qualquer estratégia de marketing.

São eles:

Todos eles são muito importantes para definição do plano.

O preço se refere às finanças em si.

Valores considerados para produção, entrega, marketing, vendas, programação e outros fatores são aqui considerados.

A praça diz respeito ao método escolhido para vendas.

Modalidade, distribuição, armazenamento, segmentação de mercado e outros elementos, por exemplo.

Já o produto leva em conta as variáveis daquilo que se vende.

Os atributos, demanda, conteúdo, embalagem…

Por fim, a promoção, que abrange os canais utilizados para divulgação.

Ofertas, canais, posicionamento, branding, entre outros.

Vale frisar que há ainda uma atualização do conceito utilizado nas estratégias digitais, chamado de 8 P’s do marketing digital.

Nele, os itens adicionados são:

Não há muito mistério nos novos P’s.

As pessoas são os recursos humanos da empresa.

Os processos, métodos que devem ser otimizados para melhoria de desempenho.

O posicionamento se refere aos valores da empresa.

E a performance às métricas que são avaliadas para medir a performance.

Métricas e monitoramento

Já que falei sobre performance, acredito que esse tema mereça um tópico próprio.

A grande vantagem do mundo digital é que tudo pode ser medido e avaliado.

Você sabe quantas pessoas clicaram em um link, quanto tempo permaneceram em uma página e qual o parâmetro de navegação de um site, por exemplo.

E essa é a grande vantagem do mundo digital.

Por meio da análise apurada de dados, as ações são simplificadas.

Os testes A/B também são muito úteis nesse momento.

Se você comparar a performance de dois elementos e manter aquele que revelar um melhor desempenho, estará realizando melhorias constantes.

2. Planejamento Tático – Escolha seus Canais

Depois de construir o escopo da sua estratégia, você deve selecionar os seus canais de comunicação.

Muitos profissionais de marketing me perguntam qual é o melhor deles.

A resposta é sempre a mesma: depende.

Cada público se adequa melhor a diferentes plataformas.

Mas o que eu sei é que não adianta marcar presença em um canal se você não o utiliza.

Imagine a frustração de um seguidor ao tentar contactar a sua marca pelo Twitter e não obter uma resposta.

Ou enviar uma dúvida por e-mail e jamais saná-la.

É por isso que você deve utilizar, sim, múltiplos canais.

Mas leve em consideração a capacidade da sua equipe e as preferências da maior parte da sua base de clientes.

Para se comunicar com eles, algumas opções tradicionais são:

Já os mecanismos digitais oferecem alternativas como:

Se o seu negócio está no início, não se preocupe.

Aos poucos, você será capaz de entender o comportamento do público e interagir nos canais mais importantes.

3. Planejamento Operacional

Já o planejamento operacional é responsável por ações de curto prazo, aquelas executadas no dia a dia da estratégia.

Por exemplo, os processos.

Para criar um post em um blog, há toda uma cadeia de ações.

Alguém redige uma pauta, outra produz o conteúdo, outra revisa, outra insere a imagem e posta no blog e outra analisa os resultados.

É claro que todas essas atividades podem ser realizadas por um só profissional.

Mas o importante é entender que tudo deve estar bem definido.

Quem será responsável por cada etapa, quais ferramentas serão utilizadas para facilitar o fluxo de trabalho, quanto tempo dura a execução de cada tarefa.

Além disso, aqui também é analisado o desempenho individual de peças de marketing.

4. Planejamento final

O planejamento final é a cereja do bolo do plano de marketing.

Aqui são definidos os últimos detalhes antes de finalizá-los.

Nesse momento são levadas em consideração elementos circunstanciais.

Por exemplo, o que será feito se um dos fornecedores deixar de entregar?

Quais as providências em um período festivo?

Quem ficará responsável por determinada tarefa na possível ausência de um colaborador?

Em outras palavras, soluções preventivas para eventuais problemas.

Hierarquia de marketing

A hierarquia de marketing é uma tática que visa a priorizar determinadas ações sobre outras.

Se houver um corte de verbas, por exemplo, apenas uma delas pode ser executada.

Esse recurso ajuda bastante na hora de realizar escolhas estratégicas.

Cronograma

O cronograma (também conhecido como calendário editorial) é um documento que organiza todas as ações que serão realizadas.

Ou seja, especifica as atividades da equipe e determina as datas.

Esse é o melhor meio para evitar problemas emergenciais.

Orçamento

Ao contrário do que muita gente pensa, orçamento não é sinônimo de dinheiro.

Na realidade, esse recurso é o direcionamento dos recursos para áreas específicas, a organização dos investimentos.

Você pode destinar 10% do orçamento de marketing para os links patrocinados, 40% para as redes sociais e 50% para o SEO.

Aqui é importante levar em consideração a hierarquia de marketing para definir as orientações.

5. Acompanhamento e Mensuração de Dados

Enfim chegamos ao supra-sumo das estratégias digitais: a mensuração de dados.

Com os dados numéricos definidos no objetivo, é hora de avaliar a eficiência das campanhas.

As ferramentas de automação recolhem dados com frequência, que devem ser analisados com regularidade.

Porém, é no fim do período de execução de um plano de marketing que eles são observados como um todo.

Caso as metas sejam batidas, isso significa que as ações foram um sucesso.

Em situação contrária, há falhas que devem ser corrigidas.

Em ambos os casos, haverá erros e acertos que indicam o melhor caminho a ser seguido.

Conclusão

Hoje você aprendeu tudo que é necessário para implementar o marketing estratégico em 2020.

Primeiro, conheceu sua conceituação.

Depois, viu que um plano de marketing estratégico é baseado em decisões prévias, o que maximiza a eficiência das ações.

Também reconheceu a importância de aplicá-lo, pois realizar atividades de marketing sem planejamento é como dar um tiro no escuro.

Por fim, teve acesso a um passo a passo para implementá-lo na prática, seguindo as orientações propostas por Philip Kotler.

Dessa maneira, observamos os principais componentes considerados em ações de marketing estratégico para elaborar um plano realmente eficiente.

Então, se este artigo foi valioso para você, que tal contar as suas impressões no campo de comentários?

Conte como pretende implementar essas dicas na sua empresa.

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