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Neil Patel

Tipos de Cultura Organizacional: Quais São e Como Identificar Cada Um

Os 4 tipos de cultura organizacional são os seguintes: cultura do poder (alta centralização no comando), Cultura de papéis (foco na função), Cultura de tarefas (perspectiva direcionada ao problema) e Cultura de pessoas (maior relevância para os talentos da empresa).

O que você sabe sobre os tipos de cultura organizacional? Qual deles é empregado na sua empresa?

Se você ainda não tem a resposta para a pergunta acima, tudo bem.

Eu elaborei este artigo justamente para ajudá-lo a entender melhor o assunto e sua importância.

Primeiro, tenha em mente que a cultura organizacional é imprescindível para conduzir o negócio na direção certa  - ou seja, para os resultados pretendidos pela gestão.

Sim, porque a cultura é o que guia as decisões do negócio, as condutas dos colaboradores e os princípios que servem como base para todas as dinâmicas da empresa.

Então, dá para perceber que, se você não tem uma definição clara de quais valores imperam no negócio, fica difícil adquirir os resultados esperados.

E por que é importante conhecer os tipos de cultura organizacional?

Simples: porque com essa visão sobre os valores, princípios, comportamentos e crenças presentes no negócio, você pode identificar se a própria cultura da sua empresa é adequada aos objetivos organizacionais.

E aí, curioso para saber mais sobre o assunto?

Siga com uma leitura atenta para absorver o máximo de conhecimento possível.

Vamos lá.

O que é cultura organizacional?

Cultura organizacional é o conjunto de valores, princípios, crenças e comportamentos que estabelecem a identidade de uma empresa.

Em outras palavras, é a cultura que guia as ações de todos os membros da empresa, servindo como ponto de referência para as dinâmicas internas e externas que ela apresenta.

Trata-se, portanto, de valores e crenças que exprimem a forma de pensar, sentir e agir de todas as pessoas que fazem parte de um negócio.

Esses valores e princípios também atuam como norteadores do processo de gestão organizacional e do planejamento estratégico.

Quer dizer, então, que tanto os líderes quanto colaboradores devem se pautar por comportamentos que estejam de acordo com as diretrizes da cultura organizacional.

E isso não fica restrito à forma de se relacionar com a equipe, mas também ao relacionamento com clientes, fornecedores e quaisquer agentes externos presentes na sociedade e no mercado.

Em suma, é possível definir a cultura organizacional como a essência da empresa.

E, sendo assim, ela é imprescindível para que um negócio apresente bons resultados em diferentes aspectos, desde a contratação de profissionais com a mesma linha de pensamento e valores ao alcance dos objetivos estabelecidos.

Componentes da cultura organizacional

De maneira geral, a cultura organizacional está ligada a um tripé fundamental: missão, visão e valores.

Mas a verdade é que os componentes dela vão além desses três fatores.

De acordo com John Coleman, co-autor do livro Passion and purpose: stories from the best and brightest young business leaders, destaca seis componentes da cultura organizacional em um artigo para a revista Harvard Business Review.

Vale trazer as definições propostas pelo autor para entender melhor sobre o assunto.

1. Visão

Segundo Coleman, uma cultura excelente começa com uma visão ou declaração de missão, pois essas frases guiam os valores da empresa e geram propósito.

“Esse propósito, por sua vez, orienta todas as decisões tomadas”, afirma.

2. Valores

Os valores são o núcleo da cultura organizacional, pois oferecem uma série de diretrizes para comportamentos e mindsets necessários para alcançar a visão da empresa.

3. Práticas

Já as práticas consagram os valores da empresa.

“Se uma organização professa que “as pessoas são nosso maior patrimônio”, ela também deve estar pronta para investir em pessoas de maneiras visíveis”, exemplifica o autor.

4. Pessoas

Para Coleman, as pessoas também são um componente importante da cultura organizacional.

Afinal, somente elas podem construir uma cultura coerente a partir de compartilhamento de valores ou da disposição para adotá-los.

5. Narrativa

De acordo com o autor, toda empresa tem uma história única.

E a capacidade de desenterrar essa história, transformando-a em narrativa, é crucial para a construção da cultura organizacional.

6. Lugar

Coleman também defende que o lugar modela a cultura, uma vez que impacta os valores e comportamentos das pessoas no ambiente de trabalho.

“Arquitetura aberta é mais propícia a certos comportamentos de escritório, como colaboração. Certas cidades e países têm culturas locais que podem reforçar ou contradizer a cultura que uma empresa está tentando criar”, destaca.

Os 3 níveis de cultura organizacional

A cultura organizacional é formada a partir de três níveis.

Eles foram definidos por Edgar Schein, teórico que é referência em desenvolvimento organizacional, em seu livro Organizational culture and leadership (John Wiley & Sons, 2010).

Abaixo, eu explico o que é cada um desses níveis elencados por ele. Confira.

1. Artefatos

Os artefatos são os elementos que as pessoas veem e sentem e que, portanto, fazem parte do nível superficial da cultura.

Então, nas empresas, artefatos são produtos e serviços, slogans ou padrões de comportamento, por exemplo.

2. Valores compartilhados

Já os valores compartilhados estão em um nível intermediário da cultura e consistem nos princípios comuns aos membros da empresa, desde os líderes aos colaboradores.

Missão, propósito, filosofia e visão, por exemplo, são valores compartilhados pelas pessoas que guiam suas condutas dentro da organização.

3. Pressupostos

Por fim, o nível mais profundo é o de pressupostos, que estão relacionados ao âmbito inconsciente do coletivo da empresa.

Nesse caso, não são elementos palpáveis, tampouco condutas facilmente identificáveis.

Tratam-se de percepções e crenças enraizadas no inconsciente das pessoas e que impactam nos comportamentos adotados.

Os 4 tipos de cultura organizacional de uma empresa

Chegou a hora de entender quais são os tipos de cultura organizacional propriamente ditos.

Uma definição bastante utilizada é a do filósofo irlandês Charles Handy, no livro Gods of management (Oxford University Press, 1996).

Ele fez uma relação entre a cultura e a mitologia grega a partir de quatro deuses: Zeus, Apolo, Atena e Dionísio.

Esses deuses representam os quatro tipos de cultura organizacional.

1. Cultura do poder

Chamada pelo autor como cultura de clube, esse tipo é representado por Zeus, o deus supremo.

Nas organizações, isso se reflete em um modelo com alta centralização de poder em uma pessoa e que faz divisões de trabalho baseadas em funções e produtos.

Segundo o autor, nesse tipo de cultura, as pessoas se conectam a partir de iniciativas com empatia ao invés de uma ligação formal.

2. Cultura de papéis

A cultura de papéis é representada por Apolo, deus das ordens e das regras.

“É uma cultura que baseia sua abordagem na definição do papel ou do trabalho a ser feito, não em personalidades”, destaca o Handy.

Portanto, esse tipo de cultura dá destaque ao organograma, definindo de forma clara qual é o papel de cada colaborador.

3. Cultura de tarefas

Representada pela deusa Atena, a cultura de tarefas tem uma gestão preocupada com a resolução de problemas de forma contínua e bem-sucedida.

De acordo com o autor, primeiro é definido o problema, depois se realoca os recursos necessários para compor a sua solução.

Em empresas que adotam esse modelo, a performance é julgada em termos de resultados e problemas solucionados.

4. Cultura de pessoas

Por fim, há a cultura de pessoas, encabeçada por Dionísio, deus do vinho na mitologia grega que tinha os segredos para plantar e colher uvas.

Nesse caso, o foco está na valorização dos talentos presentes na empresa.

Segundo Handy, os indivíduos da organização atuam para ajudá-la a conquistar seu propósito, sendo pago pela empresa para fazer essa contribuição.

A mesma relação ocorre inversamente: a organização existe para ajudar o profissional a alcançar os seus objetivos.

8 Benefícios de uma cultura organizacional forte

Então, agora você já sabe quais são os tipos de cultura organizacional.

Independentemente do modelo que você possui na empresa, se a cultura estiver forte, você terá acesso a diferentes vantagens.

Nas próximas linhas, vou destacar oito benefícios de definir a cultura organizacional. Vamos nessa.

1. Retenção de colaboradores

Um dos principais benefícios é a retenção de colaboradores alinhados aos valores e objetivos da empresa.

Afinal, a cultura organizacional serve como forma de motivar os profissionais e criar o senso de colaboração no ambiente de trabalho, uma vez que todas as pessoas devem ser conduzidas pelas mesmas diretrizes.

2. Recrutamento

A cultura organizacional também é uma grande aliada do recrutamento.

Se você tem uma cultura bem definida, o alinhamento dos candidatos se torna um fator importante na hora de selecionar aqueles que se enquadram mais na realidade da empresa.

E quando você contrata pessoas que têm os mesmos valores que a organização, há ainda mais chances de reter talentos na equipe.

3. Reputação de Marca

Construir uma reputação de marca não depende apenas de como você a mostra para o público.

Também depende das dinâmicas internas, o que está diretamente relacionado à satisfação dos colaboradores e à integridade da empresa em praticar aquilo que prega.

O que quero dizer é que a reputação da marca não é construída apenas no mercado, a partir do que o cliente pensa sobre ela.

A reputação começa dentro da própria organização a partir da percepção dos colaboradores.

O âmbito interno está diretamente ligado ao externo.

Portanto, se você quer ter uma boa reputação, aposte em uma cultura forte.

4. Produtividade

Outro benefício é o ganho de produtividade dos colaboradores.

Veja bem: quando eles compartilham os mesmos valores e propósitos da organização, se sentem confortáveis para trabalhar em equipe e motivados para alcançar objetivos em comum, fica mais fácil produzir com qualidade e agilidade.

E, sem dúvidas, uma empresa produtiva ganha diferencial competitivo no mercado, além de resultados melhores no fim do mês.

5. Tomada de decisão

Quem contratar? Quem demitir? Como alcançar os objetivos organizacionais? Quais comportamentos devem ser valorizados dentro da empresa? Como fazer a gestão do negócio?

Essas são apenas algumas decisões que o gestor deve fazer diariamente na rotina do empreendimento.

Se a empresa não tem uma cultura organizacional bem definida, é como estar em uma navegação sem bússola para saber qual direção tomar.

Ou seja: você fica completamente sem rumo.

Mas se a cultura expressa claramente a visão, valores e propósitos da organização, você já tem um ponto de partida para tomar decisões mais assertivas e com maior segurança.

6. Receita

Depois de todos os benefícios que eu citei até aqui, não tem como deixar de fora o incremento da receita.

Você vai gastar menos com demissões e contratações, pois vai reter os melhores talentos.

De quebra, terá uma equipe produtiva e que compartilha a mesma visão da empresa, resultando em entregas rápidas e qualificadas para o consumidor.

E ainda conseguirá construir a reputação de marca desejada, construindo relacionamento tanto com colaboradores quanto com o público que vê o seu negócio de fora.

Todos esses fatores são essenciais para vender mais e atrair clientes para a organização, o que resulta em aumento da receita no fim do mês.

7. Liderança

A cultura organizacional também atua como um alicerce sobre o qual é possível desenvolver a liderança eficaz.

Isso porque o líder tem como base os valores, princípios e comportamentos que precisa incentivar entre os colaboradores.

Mais do que isso, ele próprio tem as diretrizes de como deve ser sua conduta dentro da empresa para liderar pelo exemplo.

Lembre-se de que a cultura deve ser fortalecida pelas ações do líder.

E quando ela é forte o bastante para sustentar os comportamentos adequados, maiores são as chances de que seja praticada por todos os membros da empresa.

8. Relacionamentos

Quer construir melhores relacionamentos com os colaboradores?

Então, deve ter uma cultura organizacional potente.

Quero dizer que ela precisa ser colocada em prática, e não servir apenas como um argumento vago.

Por exemplo, se a sua cultura expressa que os talentos da empresa serão valorizados como recurso importante para o crescimento, então, precisa desenvolver ações condizentes.

Além de tratar bem os colaboradores, preocupando-se com eles, oferecer salários e condições de trabalho adequados, programas de bonificações e treinamentos são algumas das estratégias que podem ser usadas para reforçar a cultura de valorização humana.

Como identificar o tipo de cultura organizacional da sua empresa?

Afinal, você sabe qual é o tipo de cultura organizacional presente no seu negócio?

Se ainda não tem essa definição, é hora de refletir a respeito do assunto, pois essa incerteza pode significar que a sua cultura ainda não é forte o suficiente.

Primeiro, você precisa ter certeza de quais princípios são importantes na empresa: valores, missão, visão.

Esses critérios já servem como base da cultura organizacional, como eu disse anteriormente.

Depois, é hora de observar as dinâmicas que compõem o ambiente de trabalho.

Além disso, reflita sobre o que é mais valorizado na empresa:

Chegando a essas respostas, minha recomendação é que você as compare com os quatro tipos de cultura organizacional apresentados por Handy.

Por exemplo: se você é dono da empresa e exerce uma liderança centralizada, não delegando a tomada de decisão para outras pessoas, pode ser que tenha uma cultura do poder.

Mas se as pessoas são os recursos mais valorizados da empresa e elas têm abertura para tomar decisões e sugerir ideias, há indícios de uma cultura de pessoas.

Claro que nem sempre haverá essa distinção marcante na empresa.

Afinal, você pode ter uma cultura específica que mescla vários elementos dos modelos apresentados pelo filósofo.

Mas tenho certeza de que, se você refletir sobre esses aspectos que eu acabei de citar, saberá quais são os princípios e comportamentos mais importantes dentro da sua organização.

E aí, além de incentivar a cultura entre os colaboradores, poderá definir objetivos e planejamento estratégicos alinhadas a ela.

Exemplo de cultura organizacional

E agora que tal coroar todas essas dicas que eu trouxe com um exemplo marcante de cultura organizacional?

Então, vamos usar o Google como referência, que apresenta uma cultura reconhecida internacionalmente.

Uma das facetas é a forma de tratar os colaboradores, que é bem diferenciada.

Inclui refeições gratuitas, espaços de interação e escritórios pet friendly, por exemplo.

Além disso, os escritórios são amplos e barulhentos, reunindo líderes, colaboradores e estagiários em ambientes compartilhados.

Essa foi a maneira encontrada pela empresa de incentivar a colaboração e promover o trabalho em equipe, bem como gerar motivação e satisfação pelas pessoas que atuam na corporação.

Percebe que, uma vez que o colaborador é considerado como uma peça importante para o crescimento, o Google investe em estratégias para tirar o potencial máximo de cada um?

Pense nessa lógica, pois ela demonstra alinhamento entre cultura organizacional e ações implementadas.

E é justamente essa relação que você deve buscar na sua empresa.

Conclusão

Existem vários tipos de cultura organizacional, e é importante que você tenha a da sua empresa estabelecida de forma clara.

Isso é imprescindível para conduzir todos os colaboradores nos caminhos pretendidos pela organização.

Afinal, a cultura compõe as diretrizes de condutas e valores compartilhados entre uma equipe.

E se todos os líderes e colaboradores têm um alinhamento desses valores, é como se eles vibrassem na mesma frequência.

Significa que a equipe terá sinergia em buscar os objetivos organizacionais e atuar conforme os mesmos preceitos, criando um ambiente de colaboração e produtividade.

E esses fatores são essenciais para que a empresa tenha uma performance satisfatória.

E aí, o que você achou das dicas deste artigo?

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