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Neil Patel

Marketing de Conteúdo Para Startups: 4 Exemplos de Sucesso

Cerca de 20 anos atrás, a forma mais efetiva de alcançar clientes era por meio de propagandas em revistas, TV e jingles no rádio. Ajudou empresas com grandes orçamentos a gerarem montantes insanos de leads.  

Na era digital, o marketing tradicional não é efetivo e afasta os consumidores. Ou o cliente é quem se afasta.

Então, qual é o veículo de marketing mais eficiente para companhias (grandes ou pequenas) agora?

É o marketing de conteúdo. 

O Marketing de conteúdo custa 62% menos do que o marketing tradicional e gera aproximadamente 3 vezes mais leads. 

Mas, como exatamente o marketing de conteúdo para startups ajuda a derivar leads e conduzir ações dos seus clientes? 

Segue um infográfico, feito pelo Instituto de Marketing de Conteúdo, detalhando como o marketing de conteúdo converte visitantes em divulgadores da marca. 

O marketing de conteúdo para startups é provavelmente o mais acessível e efetivo na solução de crescimentoCusta de 31 a 41% menos do que busca paga e pode aumentar as conversões do seu site six fold.

A ressalva, todavia, é que todo mundo ao seu redor está começando um blog e estão fazendo experimentos com o marketing de conteúdo. 51% do B2B das companhias entrevistadas pelo Instituto de Marketing de Conteúdo disseram que planejam aumentar o orçamento para o marketing de conteúdo em 2016.  

Como você se diferencia dos seus competidores num mercado concorrido?

Neste artigo, selecionei 4 estudos de caso que conseguiram entrar no jogo no marketing de conteúdo para startups da forma correta. Isso te ajudará a ter algumas ideias novas para conduzir mais tráfego, leads e vendas por meio do marketing de conteúdo para startups.

1. HubSpot

A HubSpot é uma pioneira em produzir conteúdo de alta qualidade e desenvolver ferramentas no nicho de marketing online. 

Se você é um profissional de marketing, tenho certeza que utilizou pelo menos um estudo de caso, artigo técnico, podcast, eBook, vídeo ou post de blog criado pela HubSpot. Ou quem sabe você usou uma de suas ferramentas grátis, como o Website Grader (que já analisou mais de 2 milhões de sites)? 

Você pode ter frequentado um dos seus webinars. Eles ganharam em 2011 um prêmio de maior webinar de marketing online.

A HubSpot realizou experimentos com todos os tipos de conteúdo. 

Ela foi lançada em 2006, e por volta de 2011, escalou para mais de 4000 clientes e 200+ empregados (assim como 33 milhões de dólares em fundo VC). O crescimento vertical dela continua.  

Quer saber onde a HubSpot consegue seus clientes?

75% dos seus leads vêm dos esforços do inbound marketing, no qual inclui conteúdo e ferramentas.  

Só o blog de marketing dela tem 300.000 inscritos e obtém 2 milhões de visitas todo mês.

Observe a sua hierarquia do time dedicado de marketing. Note que ela tem divisões de conteúdo separados. 

Aqui estão os quatro principais aspectos da estratégias de conteúdo da HubSpot. 

1. Ela cria leads de imãs em uma variedade de temas abordados por elas no blog.  Isso é para garantir que os posts no blog tenham uma fonte de download relevante para atrair leads (alinhando conteúdo com CTA). 

Por exemplo, te ofereceram um modelo de planejamento de marketing de conteúdo para startups com o guia de estratégia de marketing de conteúdo.

Essa estratégia de adicionar um opt-in relevante no fim de cada artigo ajudou a HubSpot a triplicar os leads de cada post. 

2. A HubSpot cria personas para cada segmento do seu público. Ela usa o mínimo de 3 personas para gerar milhares de white papers e landing pages.

3. Um simples texto pode ser entediante. É por isso que a HubSpot realiza experimentos com diversos tipos de conteúdo (incluindo meios visuais, áudio e vídeo), abordando as preocupações do seu público (nos diferentes estágios do funil).

Com o blog de marketing, a HubSpot espera alcançar praticantes do marketing. E o podcast dela é dirigido ao marketing e aos líderes de venda interessados em conduzir crescimento.  

A HubSpot serve como fonte de educação de alta qualidade em marketing na internet para acessar a qualquer hora.

4. A HubSpot mede como a produção de seu conteúdo afeta os resultados. As métricas olhadas por ela incluem visitas no site, leads gerados e conversões de clientes.

Ela usa dados para encontrar tipos de conteúdo que se identificam com as oportunidades e conduzem a mais alta qualidade de leads.   

2. Mint

Mint é um produto de finanças pessoais. Ele estabeleceu a credibilidade depois de vencer o TechCrunch40 em Setembro de 2007. 

Mas sem o loop viral óbvio de crescimento, a companhia conseguiu escalar para mais de 1 milhão de usuários, dentro de dois anos. Em novembro de 2009, o Mint foi comprado pelo Intuit por 170 milhões.  

Um componente principal do feito milagroso (além do ótimo produto) foi a inteligência da estratégia do marketing de conteúdo para startups. 

Ainda era 2007 e blogar algo era usado por apenas umas cinco companhias. O Mint enxergou a oportunidade e incorporou como o maior elemento das operações de marketing no blog deles, o MintLife.  

Seus concorrentes, como o Quicken trabalhavam com blog apenas uma vez por mês (quando trabalhavam).O Mint, por outro lado, foi com força total dando dicas de finanças pessoais, posts roundups, vídeos e infográficos. Ele contratou uma equipe de editores em tempo integral e freelancers para criar conteúdo de alta qualidade.

Os artigos viralizaram e foram acessados regularmente no Reddit e no Digg, estabelecendo o Mint como um produto confiável entre os jovens. Os leitores então se tornaram clientes e advogados da marca. 

Aqui estão dois prints mostrando as respostas que os infográficos geraram no Reddit. 

O enorme número de atualizações mostram que os usuários da internet sempre amaram formas visuais. 

Embora o Mint tenha começado a construir um público, ele estava com um orçamento apertado. Então convidou outros blogueiros de finanças para fazerem questionários com perguntas e respostas e colocou o conteúdo desses convidados em seu blog.

E no final de cada post, ele também tinha uma lista beta de e-mail opt-in. Em 8 a 9 meses, ele construiu uma lista com mais de 20 mil e-mails antes mesmo de lançar os aplicativos.

Embora a sua base de dados de e-mail fosse grande, o aplicativo Mint poderia suportar apenas 200 pessoas. Então ele aumentou a exigência para acesso VIP adiantado do aplicativo. Criou um emblema dizendo “Eu quero o Mint” e pediu aos usuários que colocassem nos seu blogs deles e nas suas páginas de mídias sociais. Esse emblema ajudou o Mint e obter propaganda gratuita em 600+ blogs enquanto os usuários competiam por acesso.  

Ser entrevistado é outra estratégia brilhante para ficar frente-a-frente com o seu público, obter novos clientes e se estabelecer como uma autoridade. 

Aaron Patzer, o fundador do Mint contratou o Atomic PR para ajudar com a publicidade. A agência de Relações Públicas conseguiu para Aaron 550 entrevistas em 2 anos. Durante uma semana a cada dois meses, Aaronn fez um tour com a imprensa. Aqui está o resumo de algumas das primeiras entrevistas que o Mint conseguiu.

Além de impulsionar conteúdo de alta qualidade, o Mint também executou o SEM e testou muitas landing pages. 

Além de tudo, a companhia realizou estratégias orientadas de dados e conseguiu trazer o custo de aquisição para menos de 1 dólar.  

3. Glossier

Emily Weiss começou um blog de beleza, o Into the Gloss, em 2010. Mas após o blog ganhar dinamismo e se tornar rentável, Emily e seu time saltaram do conteúdo para o comércio. 

As interações com o público dela, através do Instagram, e-mails e pesquisas, resultaram na sua própria linha de produtos de beleza em 2014, hidratantes e cosméticos. 

Mas qual é a diferença entre a Glossier e uma marca de alta moda? 

Bom, a Glossier foi construída da perspectiva de uma consumidora. Emily descreve conteúdo como o “coração e a alma” da marca. E o feedback do público construiu a marca em tempo real. O primeiro produto Glossier levou 9 meses para ser criado. 

Fato interessante: A Glossier provocou seu público, mostrando as fotos dos bastidores por um mês no Instagram, antes de anunciar sobre a companhia. E a conta dela cresceu para 15.000 seguidores sem as pessoas saberem o que era a Glossier.

Mesmo hoje, a marca confia no público do blog Into the Gloss e nos canais sociais para saber o que os consumidores querer em seguida. 

De acordo com Emily, o primeiro produto mais procurado foi o sabonete líquido de rosto. Eles publicaram um post intitulado “Qual o seu sabonete de rosto dos sonhos?” para obter feedback da comunidade do Into The Gloss. Observe a interação que o post recebeu: 

Os clientes amam interagir com o time do Into the Gloss, devido à voz autêntica. Emily e seu time garantem que cada peça de conteúdo (estando em mídia social ou post de blog) engaja a comunidade.   

O público do blog não sente como se um dispositivo de marketing forçado fosse empregado para envolvê-los. Melhor, é como um amigo interagindo com eles. 

Desde setembro de 2015, Emily conseguiu adquirir o apoio para recursos no valor de 10,4 milhões de dólares para as suas duas marcas. Ela atualmente emprega um time de 38 pessoas. No momento, no Into the Gloss tem 323 mil seguidores ativos e Emily tem 146 mil seguidores no Instagram. 

A história dela é um exemplo incrível de como construir uma marca centrada no consumidor e estabelecer seguidores antes de realmente lançar o seu negócio. Também mostra o impacto que o alto engajamento do público do blog pode ter num negócio de eCommerce. 

4. Oh Joy

Este é um outro exemplo brilhante de uma blogueira que se tornou uma empreendedora após estabelecer um público substancial em seu blog e seguidores sociais. 

Conheça Joy Cho, uma designer gráfica que queria compartilhar suas inspirações sobre mudar para uma nova cidade (Nova Iorque) e procurar por um emprego. Então ela começou o seu blog, Oh Joy em 2005. 

Joy compartilhava coisas que amava em seu blog. Logo cedo começou a obter tráfego e clientes em potencial estavam se aproximando. Então ela começou o seu próprio estúdio de design, oferecendo serviços de consultoria para marcas. O fluxo contínuo de projetos ajudou Joy a tornar o trabalho de freelancer em um trabalho de tempo integral.  

A Oh Joy agora se tornou uma marca de mídia e estilo de vida. Fez parceria com Microsoft para co-criar uma variedade de produtos, incluindo linhas de artigos de papelaria, papeis de parede, roupas de cama e acessórios para computador. 

Ela também lançou a sua própria coleção de papeis de parede em parceria com a Hygge & West e também colaborou com a Anthropologie e Urban Outfitters.

Além das linhas de produtos licenciadas, o blog oferece uma dose diária de conteúdos divertidos de design, moda, comida e momentos felizes. Também tem vídeos de how-to de estilo de vida.  

Joy continua a oferecer consultorias para negócios criativos ao redor do mundo e tem 3 livros em sua autoria. 

O conteúdo visual espetacular de Joy ajudou-a a se tornar um dos usuários mais influentes do Pinterest, com mais de 13 milhões de seguidores. Ela tem 86 boards compartilhando um mix de conteúdo do seu blog e dos interesses pessoais dela. 

Ser uma influenciadora no Pinterest, fez com que marcas como Target e Fossil se aproximassem de Joy pedindo sua ajuda com campanhas para o Pinterest. Com a Target, Joy criou um board no Pinterest para ideias de festas criativas. O board gerou mais de 300 pins e mais de 875 mil seguidores.

A Time Magazine listou a Oh Joy como um dos top sites em sua edição “design 100”. Um fator que Joy acredita ser crítico para o sucesso é ‘permanecer autêntico consigo mesmo’. Ela garante que qualquer coisa que ela desenha parece original e é algo que pode se orgulhar. Esse pode ser o motivo que fez Joy voltar a criar conteúdo para o seu blog após temporariamente aceitar contribuidores.   

Bônus: Payson Petroleum

A última empresa que quero abordar como bônus não é uma startup. É um exemplo inspirador para mostrá-los que marketing de conteúdo para startups funciona até mesmo em indústrias aparentemente entediantes.

Conheça a Payson Petroleum, uma empresa pequena do segmento de óleo e gasolina, que fornece oportunidades para investidores individuais.  

Ela não possui um grande número de seguidores sociais – menos de 8.500 likes no Facebook e aproximadamente 3.500 seguidores no Twitter. 

Mas regularmente ela compartilha conteúdos educacionais e sites da história do óleo em seu blog.  

Também criou um e-Book gratuito sobre investir em Óleo e Gasolina, que a ajuda a coletar leads. 

Para potenciais investidores, ela criou até mesmo um app de celular para Android e iPhone. Está repleto de funcionalidades úteis, incluindo compartilhamentos de notícias da indústria, previsões do preço do óleo e da gasolina e exibição de vídeos de plataformas petrolíferas. 

Educando o seu público-alvo (potenciais investidores) e adicionar valor ao seu tempo de vida útil:

A Payson Petroleum se projeta como uma indústria líder em ideias e provam que o marketing de conteúdo funcionará mesmo em um segmento que pareça entediante. 

Conclusão

Na indústria de marketing da internet, muitas startups escalaram usando marketing de conteúdo para se tonarem negócios multi milionários. Como o Moz, CopyBlogger e GrooveHQ. De fato, eu utilizei marketing de conteúdo para startups para escalar com sucesso a KISSMetrics, CrazyEgg e HelloBar.

Usando o marketing de conteúdo, você pode adicionar valor, construir seu público e escalar sua startup em qualquer segmento. Os estudos de caso de diversos segmentos que eu compartilhei nesse artigo são testamentos da efetividade do marketing de conteúdo.

Se você também está interessado em lançar uma startup, te encorajo a construir um público e usar o marketing de conteúdo para startups antes de lançar a sua empresa.

O Instituto de Marketing de Conteúdo fala perfeitamente sobre isso: “Com o marketing tradicional, você diz às pessoas que você é uma estrela do rock. Com marketing de conteúdo, você prova que é uma estrela do rock.” 

Você já usou marketing de conteúdo para startups para escalar o seu negócio? Qual das quatro startups que compartilhei nesse artigo te impressionou mais? 

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