A internet trouxe uma série de inovações para o mercado publicitário e, dentre elas, estão Facebook Ads e o Google Ads.
Assim como em anúncios tradicionais, aqueles feitos no meio online têm o objetivo principal de convencer o público a comprar ou consumir aquilo que está sendo divulgado.
Com o passar dos anos, os serviços da internet foram se refinando e se especializando.
Hoje, os diversos formatos de mídia e distribuição fazem dos Ads ferramentas poderosíssimas, capazes de alavancar os resultados de qualquer plano de marketing.
Prova disso é o fato de que a internet já engloba 47% do total de gastos com publicidade no mundo, segundo dados da agência Zenith.
Mas, para que os anúncios tragam as vendas de fato, você deve contar uma estratégia sólida e dinâmica.
Na hora de escolher entre Google e Facebook para anunciar, é preciso estar a par de como cada um funciona e entender as suas diferenças.
É possível, inclusive, que o uso de um complemente o outro.
Neste artigo, vou explicar tudo que você precisa saber sobre as duas ferramentas.
Leia até o final para receber dicas valiosas sobre como escolher a melhor opção para o seu negócio e maximizar os resultados.
Vamos começar?
Por que é importante investir em mídia paga?
A internet vive hoje sua segunda geração, chamada de Web 2.0.
Esta fase mais recente inaugurou o conceito da internet como uma plataforma e isso trouxe junto os blogs, as redes sociais, os fóruns e as enciclopédias colaborativas, como a Wikipedia.
No começo da Web 2.0, muitos empreendedores viam nos sites de relacionamento uma oportunidade de se aproximar da clientela e divulgar seu produto.
Logo, as empresas de tecnologia perceberam que havia ali, de fato, um potencial interessante para a venda de espaços para publicidade.
Quase duas décadas depois, muita coisa mudou.
Para o bem ou para o mal, as redes sociais se aprimoraram muito.
Assim, foram criados mecanismos específicos para desenvolvimento de publicidade, consolidando a área do marketing digital.
Dentre as mudanças trazidas nos últimos anos, está uma maior especificidade nos algoritmos utilizados para determinar qual conteúdo é relevante para cada usuário.
É assim no Google, no Facebook e em outras plataformas online.
Isso afetou bastante os resultados orgânicos, porque não mais o conteúdo era apresentado para as pessoas de maneira cronológica, mas na ordem de relevância determinada pelo sistema.
Assim, chegamos ao cenário atual onde, ainda que seja possível atingir um grande público sem pagar, esse é um trabalho incerto e que tende a ser bastante demorado.
Investir em mídias pagas tornou-se, então, essencial para garantir o sucesso da sua campanha e se certificar de que seu anúncio chegue até as pessoas certas.
Significa que os esforços de SEO, por exemplo devem ser interrompidos?
Nem perto disso!
Porque não se trata de uma competição, mas de como utilizar ambas estratégias de forma complementar.
Essa, aliás, deve ser a busca também ao aproveitar o que de melhor oferecem Facebook Ads e Google Ads.
Como identificar o melhor canal de mídia paga
O primeiro passo para identificar qual é o melhor canal de mídia paga para os seus anúncios é entender o seu público.
Procure conhecer a fundo a pessoa que vai comprar de você, levantando quais são seus hábitos de consumo, idade, classe social, hobbies, entre outras características que possam ser relevantes.
Avance sobre os seus interesses, suas dores, suas dúvidas, suas necessidades.
Descubra o que gera angústia nela e, a partir daí, tenha não apenas o remédio, mas o conhecimento sobre a forma de fazer a sua oferta.
Indico a você que leia meu artigo sobre a definição de personas, que vai ajudar você a alcançar esse conhecimento aprofundado do seu público.
Somente assim, será possível traçar uma estratégia que seja assertiva em comunicar as vantagens do seu produto comparado ao da concorrência.
Outro ponto de atenção é a jornada de compra.
Antes de fechar negócio, o cliente costuma procurar pelos seus serviços no Google?
Ou, pelo contrário, ele assume uma posição mais passiva e acaba se interessando por um anúncio que eventualmente viu em seu feed do Facebook?
Tente entender, dentro do contexto do seu segmento, qual o caminho percorrido desde o momento em que o cliente tem sua atenção despertada pela primeira vez até realizar a compra.
Google Ads
A partir de agora, vou trazer mais detalhes sobre as duas plataformas de anúncios online que são foco deste artigo.
Iniciando pelo Google Ads, então.
A ferramenta de publicidade do Google surgiu em 2000, apenas três anos após o lançamento do seu primeiro serviço, o motor de busca.
Ao longo dos quase 19 anos de funcionamento, a plataforma passou por algumas mudanças – dentre elas a troca do nome, que anteriormente era Google AdWords.
Hoje, a venda de anúncios publicitários se tornou a maior fonte de renda para a empresa de tecnologia.
Os números divulgados sobre o primeiro trimestre de 2019 apontam que, dos US$ 36,34 bilhões em receita obtidos no período, 84% vem da venda de serviços de publicidade.
Como funciona
O Google trabalha com um sistema de publicidade que considera o Custo Por Clique (CPC) ou Custo Por Mil impressões (CPM).
Isso significa que o anunciante pode escolher se vai pagar pela visualização (se a sua intenção for ter um grande alcance) ou se prefere pagar por cada usuário que clicou no anúncio (caso queira contato de pessoas que já demonstraram algum interesse na oferta ou solução).
Para garantir que seu anúncio vai aparecer para o público certo, é preciso formular uma lista de palavras-chave relacionadas com o produto ou serviço.
Esses termos serão usados para colocar sua marca nos resultados de busca, dependendo do que for pesquisado pelo usuário.
Vantagens
A ferramenta é extremamente útil, pois permite que você aborde o cliente no momento em que ele está focado em achar uma solução para seu problema.
Ao pesquisar por um produto, a pessoa demonstra que está querendo saber mais informações sobre ele, além de também obter ofertas.
Outro ponto importante é que o Google cruza as informações coletadas em todas as outras pesquisas do usuário para traçar um perfil de cada um e, assim, garantir que a propaganda certa vai aparecer para a pessoa certa.
Desvantagens
Agora, de nada adianta criar uma campanha apenas com ofertas agressivas se você está anunciando um produto que precisa de um período grande de convencimento – como um imóvel, por exemplo.
Lembre-se de que o Google é ideal para anúncios focados em quem já tem certo interesse pela oferta.
Neste sentido, também de nada adianta divulgar um produto novo e que ninguém conhece ainda na rede de pesquisa.
Até porque, nesses casos, é muito mais difícil encontrar a palavra-chave certa, cuja essência combine a intenção do usuário com a solução oferecida.
Facebook Ads
Em 2007, seguindo uma tendência mundial, a empresa de Mark Zuckerberg lançou a sua própria ferramenta de marketing e publicidade.
O Facebook Ads permitia, pela primeira vez, a veiculação de anúncios dentro da rede social, além de liberar a criação de páginas comerciais para empresas que quisessem divulgar seus serviços e produtos.
Mais de uma década depois, os lucros com publicidade se tornaram parte fundamental da receita da companhia.
Apenas no segundo trimestre de 2019, a empresa arrecadou US$ 16,6 bilhões com a venda de anúncios, um valor 28% maior do que aquele registrado no mesmo período do ano anterior.
Como funciona
Para investir em publicidade no Facebook, você precisa, primeiro, ter claro qual é o objetivo da sua campanha, o público-alvo e o orçamento que tem disponível.
O objetivo vai determinar o formato do anúncio, as informações apresentadas na peça gráfica ou audiovisual, e eventuais links para contato ou compra.
A partir disso, você precisa, então, criar uma segmentação de público, fornecendo informações relevantes para construir um perfil do seu cliente ideal.
Fez o dever de casa e definiu suas personas? Ótimo!
Se você já tiver uma audiência no Facebook ou Instagram, é possível ainda desenvolver uma segmentação derivada do seu público atual.
Por fim, você deve configurar o orçamento que será gasto na campanha e programar os dias em que ela será veiculada.
Vantagens
O Facebook é hoje a maior rede social do mundo.
Segundo o Statista, são 2,41 bilhões de usuários ativos.
Só no Brasil, 127 milhões de pessoas têm perfis na rede – mais da metade da população do país.
Isso faz com que a rede seja campeã em audiência, e essa é a principal vantagem de sua publicidade.
Do mais jovem ao mais velho, de autônomos a grandes empresas, todo mundo está no Facebook.
Assim, se você quer atingir um público específico, basta caprichar na segmentação e monitorar os resultados.
Desvantagens
Ainda que o Facebook seja ideal para impactar uma grande audiência, ele não nos dá garantias de que quem visualiza o anúncio está pronto para comprar.
Isso porque o serviço faz a entrega dos anúncios por interrupção, o que significa que o conteúdo publicitário aparece no intervalo entre as publicações de um amigo e de outro.
Assim, todo mundo que está navegando pode ser impactado, ainda que, na maioria das vezes, a visualização de anúncio não garanta a compra e nem mesmo o clique.
As 3 principais diferenças entre Facebook Ads e Google Ads
Como vimos, Facebook Ads e Google Ads têm pontos fortes e fracos.
Mas no que eles se diferenciam?
É o que vou explicar agora.
1. O momento da oferta
Na hora de escolher entre as duas plataformas para investir em anúncios, é preciso ter em mente que elas têm públicos bastante distintos.
Isso tem a ver com a fase da jornada de compra em que cada um se encontra.
Quando pesquisa um produto no Google, o usuário indica um interesse naquilo, uma pré-disposição para saber mais informações ou obter ofertas.
Isso significa que ele está mais próximo do fim de sua jornada.
Por outro lado, o usuário do Facebook pode estar apenas enviando uma mensagem para um amigo quando é impactado por seu anúncio.
Na maioria das vezes, ele absorve a mensagem sem necessariamente interagir com a publicidade, já que ele ainda está muito longe do momento da compra.
Essas características bastante distintas é que fazem o uso das duas plataformas dentro de uma mesma estratégia quase que uma exigência.
Afinal, permitem a você impactar os potenciais clientes em diferentes fases do seu funil de vendas.
2. Reconhecimento de marca
Por mais que o anúncio no Facebook Ads não seja tão eficaz em fisgar o cliente no momento que está pronto para comprar, ele é muito útil em campanhas de reconhecimento de marca.
Diferentemente do Google, ele não precisa um gatilho do usuário para exibir o anúncio.
Isso significa você pode programar uma mesma publicidade para ser exibida diversas vezes para o mesmo usuário.
A repetição pode ser muito eficiente quando o assunto é apresentar um produto ou marca nova, aumentando significativamente o potencial de reconhecimento.
3. Os formatos de anúncio
O Google tem, basicamente, dois formatos de anúncio disponíveis: rede de pesquisa e rede de display.
Enquanto a rede de pesquisa diz respeito aos resultados patrocinados nas buscas do usuário, os anúncios de display contam com uma rede de sites parceiros que exibem banners “vendidos” pelo Google.
Ainda que as dimensões desses banners mudem, as variações não chegam nem perto das inúmeras opções de formatos oferecidos pelo Facebook Ads.
Com a rede social, é possível fazer anúncios com vídeos, gifs, fotos, formulários de cadastro, entre outras alternativas para apresentar o conteúdo de maneira dinâmica no Facebook, no Instagram e na rede de parceiros.
Como escolher o melhor para você?
Na hora de avaliar as funcionalidades de Facebook vs. Google, tudo depende de qual é a sua intenção com o anúncio que será feito.
Considere questões sobre quem é o seu público e como ele costuma traçar sua jornada de compra para criar publicidades que atendam às suas demandas específicas.
Assim, talvez não valha a pena anunciar uma marca nova apenas em redes de pesquisa.
Mas, ainda que o alcance do Google seja maior, é a rede social que ganha vantagem na especificidade de sua segmentação.
Agora, se você estiver oferecendo um produto muito específico, talvez seja o caso de investir em anúncios para quem pesquisa por aquilo na internet.
No fim, a escolha entre uma plataforma e outra depende de diversos fatores, envolvendo o histórico da marca, do produto, um estudo de público, entre outros.
E cabe repetir: será que não é uma boa ideia usar as duas em vez de escolher?
Se você concorda com isso, passe ao próximo tópico, pois vou ensinar como fazer.
3 Dicas para usar os dois juntos
Até agora, falei bastante sobre as vantagens e formatos possíveis para anúncio no Google e no Facebook.
O que eu ainda não te contei é que, juntas, as duas plataformas podem ser ainda mais efetivas para divulgação de um produto ou serviço.
Você pode conferir abaixo três dicas valiosas para potencializar seus resultados, integrando anúncios de pesquisa com as redes sociais.
1. Pixel do Facebook
Para começar, você deve realizar a integração das duas plataformas para que os dados possam ser cruzados.
O pixel do Facebook é um recurso que permite monitorar o comportamento de usuários da rede social em outros sites.
Para configurá-lo, você precisa ter uma conta de anúncios ativa.
O gerenciador de negócios vai indicar o melhor caminho para a instalação: manualmente ou com o suporte de alguma integração, dependendo de como é o seu site.
2. Remarketing e retargeting
Com o pixel instalado, você já pode começar a pensar em campanhas que levam em consideração o comportamento do consumidor de maneira personalizada.
Chamada por especialistas de remarketing ou retargeting, essa modalidade permite que você anuncie no Facebook um produto que a pessoa já visualizou no site da marca.
Ainda, é possível fazer o caminho inverso e investir na rede de display do Google para divulgar produtos de acordo com os interesses da pessoa na rede social.
3. Insights
Por fim, o uso conjunto das duas ferramentas pode trazer importantes insights sobre os hábitos de consumo do seu público.
A duração da jornada de compra, os conteúdos mais assertivos e até ideias para promoções são apenas algumas das informações que um uso analítico dos Ads pode trazer.
Lembrando que cada ferramenta tem uma especialidade e, ao usar ambas, você extrai o melhor de cada uma e consegue otimizar a sua campanha.
Conclusão
Ainda que os anúncios na internet existam há pelo menos duas décadas, eles nunca foram tão importantes como nos dias de hoje.
Prova disso é o fato de que, atualmente, quase metade de todos os gastos com publicidade no mundo vão para mídias digitais.
As opções de formatos são muitas, ainda que os veículos principais sejam dois: Facebook e Google.
Para escolher entre um e outro, é preciso entender a função e o objetivo de cada plataforma e manter um conhecimento aprofundado sobre quem é o seu público.
Mas, quem souber investir de maneira assertiva, pode potencializar seus resultados ainda mais por meio de uma estratégia de integração entre as duas opções.
O mais importante é não deixar de marcar presença no ambiente digital.
Afinal de contas, investir de maneira consistente em mídias pagas é o caminho para chegar até seu público.
E você, prefere Facebook Ads ou Google Ads na sua estratégia?
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