O estudo de mercado é uma ferramenta poderosa, mas ainda subestimada por muitos negócios.
Se você tem interesse em explorar as oportunidades e ameaças do nicho em que atua ou pretende atuar, já conta com uma razão para se inteirar do assunto.
E o primeiro passo para entender o que é estudo de mercado, sua importância e como fazer uma boa pesquisa acaba de ser dado.
Você está no caminho certo, portanto.
Conhecer em profundidade o seu nicho de atuação é vital para o sucesso, seja qual for o seu objetivo.
Falo de uma pesquisa importante tanto se você tem empresa, se trabalha em uma, se é freelancer ou se está pensando em abrir o próprio negócio.
Veja o quão abrangente essa ferramenta é.
O estudo de mercado ajuda você a compreender fatores quantitativos e qualitativos sobre o nicho no qual já atua ou pretende se inserir.
Funciona como um guia para a definição de estratégias empresariais mais eficientes.
E vale dizer que isso também inclui as campanhas publicitárias e as ações de marketing.
Com esse instrumento e suas conclusões, você pode adquirir uma visão da totalidade do seu nicho e, assim, criar estratégias mais eficientes para o negócio e seu crescimento sustentável.
Parece uma ótima ideia, concorda?
Neste artigo, você pode se aprofundar sobre o que é um estudo de mercado, quais são os principais tipos de pesquisa e como fazer.
Vamos começar?
O que é um estudo de mercado?
Estudo de mercado é uma pesquisa que tem por objetivo coletar dados importantes a respeito de um determinado nicho, sejam eles fatores quantitativos ou qualitativos.
Envolve uma análise aprofundada sobre aspectos como:
- Público-alvo
- Comportamento de compra
- Concorrentes
- Ameaças e oportunidades
- Tendências.
Como permite uma visão completa do nicho escolhido, o principal objetivo do estudo de mercado é orientar decisões.
Assim, quanto melhor você conhece o seu segmento de mercado, melhor será a qualidade das suas estratégias.
Ou seja, se tornam mais assertivas e eficientes.
Por que fazer um estudo de mercado?
Já ouviu aquela célebre frase de Sigmund Freud que diz que só o conhecimento traz o poder?
Faz todo sentido quando o assunto é estudo de mercado.
Sabe por quê?
Quanto melhor você conhecer o seu nicho, mais eficientes serão as estratégias para alcançar seus objetivos de negócio e maiores as chances de sucesso.
Saber quem é seu público-alvo, como ele se comporta, o que os concorrentes estão fazendo e quais oportunidades disponíveis torna as ações estratégicas muito mais assertivas.
A partir de informações reais, você forma uma base sólida para que possa enxergar o negócio com mais consistência.
Na prática, fica melhor preparado para elevar a empresa a outros patamares.
E os ganhos não param por aí.
Aprender como fazer um bom estudo de mercado também contribui para o melhor posicionamento da marca.
E isso acontece porque passa a conhecer mais e melhor o que pensam os clientes e prospects e como eles se relacionam com a concorrência.
Assim, pode definir de forma mais assertiva as estratégias mais indicadas para se diferenciar no mercado e para alcançar uma posição de destaque.
E, claro, também na mente e no coração do consumidor.
Além disso, não se pode negar que o estudo de mercado é uma forma de estimular uma cultura de inteligência comercial.
É algo de extrema importância quando olhamos para a alta competitividade e para a velocidade do mercado consumidor atual.
Resumindo, para não ser engolido, você precisa estudar o mercado.
Os 7 principais tipos de pesquisas para um estudo de mercado
Depois de entender a importância da ferramenta para os negócios, é hora de escolher um tipo de pesquisa para chamar de seu.
Explico a seguir os 7 principais para realizar um estudo de mercado:
1. Diagnóstico de mercado
O diagnóstico de mercado é, geralmente, o primeiro passo para se fazer um estudo sobre ele.
Mais abrangente que os demais tipos de pesquisa, é indicado para quem quer conhecer os concorrentes, a demanda por produtos e os desafios do segmento.
Pode ser feito tanto com os consumidores quanto com as empresas que atuam no ramo.
Para definir os pontos a abordar, leve em consideração: o tamanho do mercado, o estágio atual do seu negócio e as informações que deseja aprofundar.
2. Análise da concorrência
Com foco no estudo do posicionamento de marca, a análise da concorrência ajuda você a entender como se posiciona em relação aos demais players de mercado.
É também um instrumento que contribui para descobrir os principais pontos fortes de cada um deles e as suas fraquezas.
Tudo isso gera insights para que possa melhorar ou repensar suas estratégias de negócio.
Nesse tipo de pesquisa, são ouvidas as opiniões dos consumidores sobre as marcas que atuam no mesmo nicho que o seu.
Representa uma oportunidade para descobrir as respostas para perguntas como:
- Quais as estratégias os concorrentes estão usando?
- O que está dando certo e o que está dando errado?
- Quais os produtos ou serviços da concorrência que os consumidores mais preferem? E com quais marcas eles mais se relacionam?
3. Market share
Em tradução livre do inglês, market share quer dizer participação de mercado.
Pode parecer só mais um termo gringo para guardar em sua memória, mas vai muito além disso.
Market share é o indicador que mostra onde sua empresa está posicionada e qual o potencial de expansão.
Para calculá-lo, basta definir quais indicadores de mercado quer avaliar.
4. Buyer persona
Buyer persona é uma representação semi-fictícia do seu próprio cliente, que ajuda a direcionar as suas estratégias de negócio.
Para construir um perfil ideal de consumidor, devem ser usadas informações reais sobre eles e não “achismos” sobre quem são e o que desejam.
Ao definir a sua buyer persona, leve em consideração dados como:
- Idade
- Onde mora
- Profissão
- O que gosta de fazer nas horas vagas
- Desafios
- Frustrações
- Hábitos de compra
- Quais tipos de mídia consome mais
- Quais tecnologias mais utiliza
- Onde busca informação
- Quais critérios leva em consideração para a decisão de compra.
A lista de itens a considerar é muito mais longa, mas o que quero mostrar a você é um ponto de partida.
Também é importante saber que você pode criar quantos perfis de personas fizerem sentido para o seu negócio.
O que precisa ter em mente é que elas representam os tipos de consumidores que interagem com a sua marca.
Apenas para que fique mais fácil de entender sobre definição de personas, imagine que você quer produzir conteúdo para uma clínica de estética. E que, através de entrevistas com os clientes, você identificou diferentes perfis de consumidores.
Entre eles: jovens que querem prevenir rugas, homens preocupados com a aparência e mulheres que passaram dos 40 e querem rejuvenescer a aparência.
Cada um desses públicos precisa ser descrito em uma buyer persona.
Assim, terão as suas particularidades atendidas em todas as estratégias de marketing, incluindo no conteúdo, no tom de voz utilizado, na escolha das palavras e na forma como oferece seus serviços.
Faz sentido para você?
Então, mãos à obra!
5. Tendências de mercado
Identificar as tendências de mercado é a melhor forma para preparar um negócio para mudanças.
Funciona como um meio de prever novidades e se antecipar a elas. O que impulsiona impactos positivos e reduz os negativos.
Um exemplo?
O aplicativo Rappi, que criou uma solução que entrega “tudo” para os consumidores no conforto de seus lares.
Essa é uma inovação que afeta, inclusive, mercados e restaurantes que possuem seus próprios e-commerces.
Com isso, muitos deixam de investir nas próprias lojas virtuais para se inserir dentro do marketplace do aplicativo.
6. Intenção de compra
Já se perguntou alguma vez se as pessoas comprariam o seu produto ou se contratariam o seu serviço?
Com um estudo de mercado focado em entender a intenção de compra dos consumidores, você pode identificar até mesmo quanto as pessoas estão dispostas a pagar por ele.
Esse é um tipo de pesquisa que ajuda:
- Na definição da precificação de produtos e serviços
- Na elaboração de estratégias de marketing e vendas
- Na identificação do ciclo de vida do produto
- Na validação de novos produtos para lançar no mercado.
7. Teste de produto
Seguindo na linha do que acabei de destacar, outro tipo de pesquisa que você pode fazer como estudo de mercado é o chamado teste de produto.
Com ela, você pode descobrir se já existe produto similar ao seu, quanto ele custa, se vai ter saída e se os consumidores vêem potencial nele.
Então, funciona tanto para entender se vale a pena lançar um novo produto no mercado quanto para melhorar aquele que já existe.
Como fazer um estudo de mercado em 7 passos simples
Antes de te explicar como fazer uma pesquisa de mercado, veja quais informações você precisa levar em consideração para este estudo:
- Qual é o público-alvo a ser estudado?
- Quais as necessidades, interesses e preferências dos diferentes grupos de consumidores?
- Como os seus produtos, serviços e soluções podem suprir o que os clientes desejam?
- Quem são os concorrentes e o que eles têm oferecido para esse público?
- Quais barreiras podem dificultar a conquista dos seus objetivos de negócio?
- Quais as leis, normas técnicas e questões burocráticas envolvidas?
Com essas informações em mãos, basta seguir o passo a passo a seguir, onde falo sobre todas as etapas de uma pesquisa de mercado:
Passo 1: Problema da pesquisa
Qual é o problema de negócio que você espera solucionar?
Melhorar o faturamento? Saber se vale a pena lançar um produto no mercado? Reduzir a taxa de churn? Impulsionar a fidelização de clientes?
Para construir o problema da pesquisa, você precisa olhar para o problema de negócio.
Tenha em mente que ele precisa ser o “motivo” de fazer você querer realizar um estudo de mercado. Por isso, deve servir como um guia para todo o processo.
Passo 2: Objetivos da pesquisa
Objetivos da pesquisa nada mais são do que soluções para resolver o problema que acabou de definir no passo 1.
Você precisa ter um objetivo geral e outros específicos.
O objetivo geral deve responder à questão levantada no problema de pesquisa.
Já os específicos são os passos que precisa dar para alcançar o objetivo geral ou seus complementos.
Se o objetivo geral é, por exemplo, reduzir a taxa de churn, alguns objetivos específicos podem ser:
- Entender por que os clientes cancelam
- Identificar clientes com maior chance de ir embora
- Estruturar uma equipe de Customer Success.
Passo 3: Público-alvo da pesquisa
Para definir o público-alvo do estudo de mercado, leve em consideração quais pessoas são impactadas pelo problema identificado.
Podem ser clientes, colaboradores, fornecedores, parceiros e até mesmo sócios e investidores.
Passo 4: Amostra da pesquisa
Depois de definir o público-alvo, você precisa delimitar o universo que deseja representar no estudo de mercado.
Afinal, não pode ser tão abrangente porque é preciso “ter braço” para isso.
Por outro lado, também não deve ser mínimo porque precisa gerar insights consistentes.
Para determinar a amostra da pesquisa, pense que é para essa fatia do público-alvo que será direcionado o seu estudo.
Passo 5: Metodologia da pesquisa
Sei que esta pode ser a parte mais chata do estudo de mercado. Mas, se você não definir a metodologia da pesquisa, não saberá como capturar as informações que precisa.
Então, olhe com carinho para ela.
A metodologia de pesquisa pode tomar como base os dados primários e secundários.
Na primeira categoria, se encaixam as entrevistas e os questionários, por exemplo. Na segunda, as informações de bancos de dados já existentes e que você possa aproveitar.
Feito isso, é preciso estabelecer, em seguida, a abordagem da pesquisa, que pode ser quantitativa, qualitativa ou mesmo mista.
Vamos relembrar as diferenças entre elas para que faça a melhor escolha possível?
- Pesquisa quantitativa é aquela que envolve um volume maior de dados numéricos e estatísticos, o que facilita o entendimento dos resultados
- Pesquisa qualitativa é a abordagem que extrai informações subjetivas como emoções, opiniões, percepções e reações
- Já a mista envolve um pouco de dados quantitativos quanto qualitativos.0
Passo 6: Coleta de dados
O sexto passo do estudo de mercado é coletar os dados. Ou seja, obter as informações valiosas que você precisa para alcançar seus objetivos.
Uma tarefa que envolve atenção, tempo e dedicação, mas que pode ser simplificada com o uso de plataformas de pesquisa automatizada.
Algumas delas, como o Google Forms, facilitam muito a criação de questionários e a apresentação de resultados.
Se preferir, pode recorrer a métodos mais tradicionais para a coleta de dados, como a entrevista presencial ou por telefone. Vai do seu gosto, preferência e, claro, do tempo disponível.
Após levantar os dados, é só organizar as informações extraídas para avançar para o último passo.
Passo 7: Análise dos resultados
É aqui que a mágica acontece: você vai olhar para os dados coletados e transformá-los em informações de valor para o seu negócio.
Elas devem ir de encontro com a solução para o problema da pesquisa lá do passo 1.
Para visualizar e interpretar melhor os resultados levantados, crie um relatório de estudo de mercado para continuar aprimorando seus processos.
Nele, você pode registrar gráficos, mapas e tabelas com as informações recolhidas para que nada seja perdido depois.
Conclusão
Muito usado por gestores eficientes, o estudo de mercado fornece tudo o que você precisa para embasar melhor suas estratégias.
Quer melhorar os resultados do seu negócio e ampliar sua visão de mercado? Então, siga as dicas que acabou de ler e parte para o campo prático.
Só não se esqueça de compartilhar, depois, a sua experiência sobre como o estudo de mercado ajudou você a alcançar seus objetivos.
Então, qual seu objetivo principal ao realizar essa pesquisa? Deixe seu comentário!
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