O ano já está chegando ao fim. E todo mundo quer começar a falar quais serão as tendências quentes de marketing para o ano que vem.
Sabe o que eu aposto que vai estar em todas as listas? Mobile marketing.
Mas “mobile”, enquanto tendência de marketing, é amplo demais.
Tem muita coisa que se pode fazer com mobile marketing para aumentar os leads e as vendas da sua empresa. Isso merece então mais do que uma menção rápida.
Essa força revolucionária merece todas as reverências.
No Relatório de Tendências da Internet de 2017 da Mary Meeker, ela diz que as pessoas passam 3,1 horas todos os dias nos seus dispositivos móveis.
Essa é uma oportunidade imensa de conhecer seu público.
Mas mobile marketing não é tão simples quanto “fazer um anúncio aqui” ou “tornar seu design responsivo”.
Dito isso, é uma ótima maneira de começar a gerar receita passiva para o seu site.
Se você quer estar no topo, você precisa dominar tendências atuais de mobile marketing. Vamos falar de seis delas que você deveria adotar (e duas que você deve ignorar totalmente).
Seis tendências de mobile marketing que você deveria adotar
Lembra quando mobile SEO era um super assunto altamente discutido graças ao Mobilegeddon do Google? Design responsivo e otimização de velocidade de página são algo óbvio hoje em dia.
Precisamos então focar nas ações em que você pode investir para aumentar sua visibilidade e melhorar sua reputação com usuários mobile. E como se faz isso? Vamos começar pela publicidade.
Tendência #1. Publicidade
O relatório da Mary Meeker também é algo que eu fico ansioso para ler todo ano.
Com apenas algumas centenas de slides, sua análise das tendências de Internet do ano anterior podem ser um retrato bastante preciso do que está por vir.
Por exemplo, veja essa tabela que ilustra o crescimento expressivo dos gastos com publicidade mobile no ano passado:
Agora veja o que ela teve a dizer quando mostrou onde os publicitários escorregavam ao gastar seu orçamento de anúncios:
Como você pode ver, gastos com anúncios foram fundamentais quando se tratava de entender a exposição dos clientes ao rádio, TV e Internet.
Mas existe uma grande lacuna entre o que eles gastaram para mídias impressas e mobile e o que os consumidores acabaram fazendo com isso.
Na verdade, essa disparidade custou US$16 bilhões em oportunidades perdidas no mobile.
No entanto, publicidade mobile não vai ser tão simples para profissionais de marketing no ano que vem.
Com a tecnologia para bloquear anúncios se tornando cada vez mais presente em dispositivos móveis, os desafios hoje são maiores do que nunca.
Uma maneira possível de contornar isso?
Google Shopping é marketing de busca pague-por-clique.
Contudo, diferente de PPC, o Google Shopping assegura que o seu produto vai aparecer, mesmo quando seu cliente está bloqueando anúncios.
De acordo com o relatório da Mary Meeker, 52% de todos os cliques pagos em buscas aparecem nessa lista de produtos do Google.
Então, talvez você não possa atingir seu público com ressegmentação de anúncios, anúncios em banner ou outro tipo de marketing pago.
Mas se você conseguir posicionar seus produtos no topo dos resultados de busca do Google, você pode ter encontrado uma nova maneira de usar seu orçamento de publicidade.
Tendência #2. Aplicativos
Será que todas as empresas deveriam investir em aplicativos mobile?
Essa questão costuma dividir opiniões: algumas pessoas acham que um app mobile é necessário, enquanto outras acham que não.
E, quer saber? Os dois lados têm razão.
Aplicativos para smartphone fazem sentido para algumas empresas. Sites de notícia, blogueiros de moda e lifestyle, restaurantes, softwares de produtividade, saúde e fitness funcionam muito bem na forma de aplicativo.
No relatório da PwC Total Retail Key Findings, eles descobriram que muitas pessoas ainda preferem usar seu navegador móvel, e não aplicativos, para interagir com marcas.
Mas isso não os torna uma ferramenta menos poderosa quando usada pelas empresas certas.
Então, se você já tem um aplicativo ou se a sua base de clientes está implorando por um e você está pronto para começar, eu diria para ir com tudo.
Se você sabe que a necessidade está lá, então é uma boa tática.
O relatório Metrix da ComScore acabou de anunciar que, pela primeira vez, os americanos agora passam mais de 50% do seu tempo online com aplicativos mobile.
Como resultado, é provavelmente por isso que o Google atualizou o seu algoritmo para começar a mostrar aplicativos para smartphone — e não só os aplicativos, mas o conteúdo específico dentro dos aplicativos – nos resultados de busca.
Então, agora, não se trata apenas de esperar que os usuários te encontrem enquanto eles buscam nas lojas da Apple ou Android pelo seu aplicativo.
Se otimizado corretamente, você vai ter o poder da busca do Google do seu lado, ajudando novos consumidores a encontrar o seu aplicativo.
Tendência #3. Gamificação
A gamificação não é uma nova tendência de marketing. A gente vem falando disso há um tempo.
Mas a cara da gamificação agora, e a forma como as empresas a utilizam estão muito diferentes graças à realidade aumentada (AR) e virtual (VR).
Dê uma olhada em como a Lowe’s criou uma experiência gamificada de realidade aumentada.
Faz sentido a gamificação funcionar. Ela é:
- Divertida
- Conveniente
- Faz com que os compradores possam acelerar o tempo de checkout
Quanto à Lowe’s? Eles conseguem:
- Maior lealdade dos consumidores
- Acesso a mais dados de clientes
- E se mostram como vanguarda para o público
Nada mal, não?
A gamificação pode parecer mais natural para gerações que jogam games desde que nasceram.
Até que a Geração Z entre na força de trabalho, significa que estamos falando da Geração X e dos Millennials:
Mas, veja, mesmo que seu público não seja primordialmente de Millennials e Gen X’ers, muitas pessoas curtem gamificação.
Independente do tipo da sua empresa, existem várias formas de aumentar sua presença mobile com elementos de gamificação.
Você pode usar quebra-cabeças interativos, recompensas, competições em redes sociais e por aí vai.
Mais à frente, você pode incluir VR e AR para dar vida à sua gamificação e aumentar suas vendas.
Em uma pesquisa feita pela Walker Sands, eles perguntaram aos consumidores o que eles achavam de realidade virtual. Veja como ela afetou as decisões de compra dos participantes:
VR e AR estão começando a funcionar como uma ponte entre compras em loja e online, basicamente como o que vimos no exemplo da Lowe’s anteriormente.
Até que os clientes decidam que eles preferem compras mobile a compras em lojas, gamificação mobile é uma maneira bem atraente de fazer marketing para os clientes de amanhã.
Tendência #4. Busca
São grandes as chances de que você, enquanto consumidor, tenha usado seu dispositivo móvel para buscar na web. Me diga: a maneira que você busca no mobile é diferente de como você busca no desktop?
Se é que você já não está fazendo isso, você deveria estar fazendo a mesma pergunta quanto ao comportamento dos clientes.
E é uma pergunta que você precisa responder para sua empresa se você quiser otimizar a experiência de busca mobile para os seus usuários.
Eis alguns pontos para refletir:
Seu site se beneficiaria de otimização de busca hyper-local?
Nós ja vimos o que buscas específicas podem fazer por você no caso de lista de produtos no Google Shopping.
Mas que tal dar um local hook na sua busca orgânica?
De acordo com o Google, seus usuários visitam 1,5 bilhões de lugares todo mês baseado no que eles encontraram em resultados de busca.
A pesquisa também mostra que:
- 30% de todas as buscas no Google são baseadas em localização.
- No ano passado houve um aumento de 2,1x em buscas mobile por “lojas abertas agora”.
- Houve um aumento de 1,3x em buscas como “onde comprar/encontrar/conseguir” .
Em uma busca por “lojas abertas agora”, as recomendações do Google para buscas relacionadas não para em “lojas”:
Como você pode ver, conveniência e urgência são o que ditam o uso de busca mobile pelas pessoas.
Com a estratégia de marketing multicanal se tornando cada vez mais uma realidade, isso não deveria ser uma surpresa.
As experiências online precisam funcionar como uma unidade conectada. E com a busca mobile, isso pode ser a ponte entre as duas experiências de compra.
Se você não tem certeza se marketing de busca hyper-local vale a pena, dê uma olhada nos resultados da pesquisa do Google:
- 76% das pessoas que buscaram por alguma coisa próxima acabaram visitando o lugar.
- 28% dessas buscas mobile levaram a uma compra.
Busca local não é a única maneira pela qual você verá seus usuários usando o Google para encontrar o seu website.
O que me traz ao meu segundo ponto:
O seu site se beneficiaria de otimização para busca por voz?
É um conceito interessante de se considerar, certo?
Temos o Amazon Echo e o Google Home, que dão controle ativado por voz sobre dispositivos domésticos.
Você também tem a Siri da Apple para te ajudar a usar seu dispositivo móvel.
Mas e a busca ativada por voz?
Uma pesquisa da Stone Temple constatou que as pessoas fizeram buscas mobile de várias maneiras:
- 85.6% usaram o navegador
- 74.2% usaram um aplicativo de busca
- 57.8% usaram busca por voz
Um pouco mais da metade dos participantes mencionaram usar busca por voz.
Isso é bastante impressionante, considerando que, de acordo com o relatório da Mary Meeker, 20% das buscas mobile são iniciadas por voz.
Mesmo que os seus usuários ainda não estejam usando busca por voz, isso não significa que essa seja uma tendência de marketing à qual você não deva aderir.
Pense nisso da seguinte forma:
Seu dispositivo móvel não é como o seu computador.
Você interage com ele de um jeito diferente, talvez um pouco mais social e menos formal.
Então, quando vai fazer uma busca, você continua usando esse padrão mental.
Na verdade, pesquisas do Google mostram que 70% dos pedidos feitos ao Google Assistant são frases naturais, e não termos de busca truncados que nunca se ouve na linguagem falada.
Então, o que isso significa exatamente? Bom, duas coisas.
Primeiro, você não necessariamente tem que equipar seu site com a funcionalidade de busca ativada por voz.
O que você deveria fazer, no entanto, é otimizar seu site com palavras-chave de cauda longa escritas de forma mais natural, mais coloquial.
Websites com conteúdo focado em termos formais de busca não vão funcionar muito bem com a nova tendência (vocal) de palavras-chave.
Tendência #5. Segurança
Seria ótimo se todas as tendências mobile fossem positivas.
Uma tendência que nos deixa animados em experimentar alguma coisa inovadora para gerar mais leads.
Mas infelizmente nem sempre é esse o caso, porque, com novas tecnologias, vêm novos riscos de segurança.
Donos de empresas e profissionais de marketing sabem disso, e seus clientes certamente estão cientes também.
Uma pesquisa da PwC indicou que mais ou menos dois terços dos consumidores ficam tensos demais em comprar pelos celulares.
Por quê? Eles têm medo de ser hackeados.
Pode-se dizer o mesmo de aplicativos mobile, uma vez que a Walker Sands constatou que 61% dos compradores não usam aplicativos móveis por preocupações com segurança.
E 58% deles não usam aplicativos por medo de ter a privacidade invadida.
Que os consumidores estão relutantes em comprar pelos seus dispositivos móveis, está claro.
É por isso que pessoas como Madeleine Thomson da PwC sugerem que, se as empresas quiserem alcançar um público mobile, elas precisam de sistemas rigorosos de segurança.
Em outras palavras, segurança deve ser uma grande prioridade.
Tendência #6. Vídeo
Por último, mas não menos importante, temos o vídeo no mobile.
Como eu disse anteriormente, vídeos são uma forma de conteúdo fácil de digerir para os clientes.
Se você já criou conteúdo de alta qualidade e valor para o seu site, então você entende como essa ferramenta é incrível de se ter no seu arsenal.
Pesquisas da Cisco se aprofundaram sobre o poder do video, especialmente sobre a forma como ele se relaciona com um público mobile.
De acordo com a pesquisa:
- Em 2016, 60% do tráfego mobile veio de vídeos.
- Em 2021, mais de 75% dos dados de tráfego mobile virá de vídeos.
A Salesforce também reconhece os poderes do vídeo no mobile no caso de empresas B2B.
Com base em sua pesquisa, eles descobriram que 91% da jornada de compra B2B se dá em dispositivos móveis.
E o Hubspot constatou que 75% dos executivos assistem conteúdo de vídeo relacionado à sua área de atuação no mínimo uma vez por semana.
Então temos a maior parte do caminho para a compra acontecendo em dispositivos móveis.
Isso significa que três quartos dos executivos de negócios estão se envolvendo ativamente com conteúdo em vídeo.
Junte tudo isso e você terá uma dupla de marketing matadora.
Não surpreende portanto que 96% das empresas B2B planejem usar vídeo na sua estratégia de marketing de conteúdo ao longo do ano que vem.
Duas tendências de mobile marketing que você deveria jogar no lixo
Tendências de marketing vêm e vão. É da natureza do negócio.
E, como tal, significa que você deve estar pronto para se adaptar a todo momento (especialmente se o Google assim exigir).
Quando o assunto são tendências de marketing, eu não gosto de pensar em nenhuma delas como passíveis de se jogar fora. Eu simplesmente as vejo como tendências que merecem um upgrade.
E é isso que temos aqui.
Tendência #1. Mobile-only
Paul Adams, o VP de Produto do Intercom, tem um bom argumento sobre estratégias mobile-first:
“É verdade que, para muita gente, a tela dos celulares é a tela principal na maior parte do tempo. Só não podemos considerar que essa é a única tela que importa.”
Com a revelação que o smartphone se tornou um canal de vendas de marketing primordial, estratégias de marketing mobile-first faziam sentido alguns anos atrás.
Mas hoje, tudo mudou. Nós já sabemos o quão importante os dispositivos móveis são em um cenário amplo daquilo que fazemos.
O que perdemos de vista foi o fato de que ainda há outros dispositivos em jogo.
É por isso que precisamos ir com calma na tendência de marketing mobile-first.
Obviamente, mobile vai continuar a ser uma prioridade em estratégias de marketing digital. É por isso mesmo que estamos tendo essa discussão.
O Google inclusive anunciou, no final de 2016, que iria em breve atualizar seus algoritmos visando uma abordagem mobile-first.
Eles estão tentando basicamente priorizar sites com design responsivo.
Essas constatações estão aí para mostrar que não dá para remover totalmente a experiência mobile do desktop (ou mesmo do aplicativo mobile). Eles devem ser parte de um todo maior.
A solução é gravitar em torno de uma estratégia de marketing multicanal, que não apenas leva em conta os pontos fortes de cada plataforma, mas também os conecta.
Tendência #2. Beacons
Beacons e geofencing foram muito falados quando as tecnologias apareceram, por volta de 2014.
A American Express chamou os beacons de “a próxima grande sacada”.
A Wired listou todas as formas pelas quais essa tecnologia poderia ser interessante, mas questionou se ela pegaria em algum momento.
Em teoria, eles são uma maneira fantástica de atrair o consumidor mobile.
Mas não é bem isso que dizem os números.
De acordo com a Walker Sands, apenas 6% dos clientes permitiram que beacons se comunicassem com eles através de dispositivos móveis.
As razões daqueles que decidiram não autorizar o uso vão fazer sentido nesse momento:
Temos ainda o fato de que beacons requerem que os usuários baixem um app para cada marca que usa a tecnologia beacon.
Notificações push são uma ótima maneira de se colocar perante os clientes.
Mas se você ainda não tem a atenção e a lealdade deles, como motivá-los a baixar um aplicativo?
Foi bom você perguntar, porque a Walker Sands também analisou isso.
Eles constataram que os clientes estariam dispostos autorizar que suas marcas favoritas monitorassem sua localização e enviassem notificações push para maior conveniência e mais vantagens. Mais especificamente:
Então, basicamente, marketing de busca hyper-local é quente. Geofencing hyper-local e tecnologia beacon? Nem tanto.
Mas, como você pode ver, existem formas de fazer essa tendência de marketing ultrapassada funcionar.
Conclusão
Smartphones mudaram o cenário do marketing.
Mas, no mesmo ritmo em que a tecnologia dos smartphones muda, muda também nossa estratégia de marketing.
Como você pode ver, as tendências de marketing mobile em que vale a pena investir têm como objetivo principal tornar mais conveniente a busca pela marca através de um dispositivo móvel.
Elas também procuram se distanciar dos métodos anteriormente empregados considerados invasivos e irritantes pelos consumidores.
Se tem uma coisa em especial para se tirar disso tudo, é o seguinte:
Mobile é apenas um canal de marketing.
E o que estamos falando aqui é sobre servir nosso cliente.
Se eles querem que nós os contactemos pelo mobile, é para lá que eu vou.
Se eles querem usar dispositivos móveis de um jeito diferente, então nós temos que nos adaptar.
E se o comportamento deles no mobile muda, então nós devemos seguir no ritmo deles.
Quais tendências de marketing mobile você está colocando em prática com sucesso?
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