Marketing de conteúdo, especialmente conteúdo para blogs, é a galinha dos ovos de ouro da geração de tráfego.
É a única estratégia viável em 2017 para gerar mais visitas inbound.
Mas e em 2018?
Comportamento do consumidor é algo em constante mudança na nossa área. Hoje está de um jeito e, amanhã, está totalmente diferente.
Para 2018, eu estou apostando em conteúdo em vídeo, e não em peças específicas de marketing de conteúdo como posts de blogs e e-books.
Atualmente, venho gastando US$6.000,00 por ano só com gravações de vídeos.
Eu dediquei US$24.000,00 do meu orçamento para uma equipe que me dá novas sugestões de assunto e de todas as notas explicativas possíveis para adicionar a cada vídeo.
Uma grande parte do meu orçamento, US$54.000,00, vai para equipamento e edição, para que os vídeos tenham a melhor qualidade possível.
Em média, US$60.000,00, é dedicado a um profissional de marketing em vídeo que está me ajudando com a promoção do meu conteúdo e em fatores hiper específicos, como otimização para tempo de visualização.
Estou dobrando meu orçamento com vídeo para 2018, gastando US$144.000,00 no total.
Estou fugindo um pouco da minha estratégia usual de conteúdo em texto para mergulhar de cabeça no marketing em vídeo.
Vou te dizer por que eu estou fazendo isso e, mais importante, por que você deve fazer também.
O marketing de conteúdo de sempre está saturado
Como eu falei anteriormente, nossa área de atuação está em constante mudança. Estratégias que pareciam infalíveis ontem podem acabar com seu ROI amanhã.
Por que é assim?
Andrew Chen escreveu um artigo bem interessante que explica esse fenômeno. A premissa básica é a seguinte:
Coisas que funcionavam extremamente bem tendem a piorar ao longo do tempo.
Quanto mais pessoas passam a ficar sabendo do trem e embarcar nele, mais velocidade ele perde.
O trem fica obstruído, lotado e saturado, sendo cada vez mais difícil chegar ao destino final.
Basicamente, coisas que já funcionaram em determinado momento se deterioram conforme o mercado vai ficando saturado.
Veja um exemplo.
Você certamente sabe o que são anúncios em display, certo? Você sabe de cabeça qual é a taxa de cliques desses anúncios?
Isso é absurdo. Totalmente deprimente.
Claro, diversos truques como testes com botões de CTA e testes A/B com cores pode aumentar consideravelmente esse número.
Mas o fato é que esse tipo de anúncio não é o que costumava ser.
O primeiro anúncio em display de todos apareceu em 1994 no HotWired. Ele era assim:
Imagine usar esse anúncio hoje em dia. É totalmente fora do comum.
Ele tem uma seta indicando a direção, cores em tie-dye e uma mensagem subliminar dizendo “você vai”, no fundo.
A maioria dos anúncios de hoje em dia não tem nada a ver com isso.
Mas a parte mais inacreditável é a seguinte:
A taxa de clique desse anúncio foi de 78%!
Sim, você leu certo. Por mais bizarro que pareça, ele conseguiu que 78% das pessoas clicassem nele.
Por quê? Porque era novo. Ninguém nunca tinha visto nada assim antes.
Mas agora, a taxa de cliques média para anúncios de display é de 0.05%.
A ideia é a seguinte: coisas que costumavam funcionar simplesmente não têm mais os mesmos resultados.
E agora, a mesma coisa está acontecendo com conteúdo para blogs.
Tem muita gente no jogo. Tem empresas demais querendo tirar uma casquinha.
De fato, usuários publicam milhões de posts todos os dias.
Esse contador em tempo real está quase batendo os dois milhões, e não são nem 9h da manhã aqui em Seattle.
Em 2015, usuários publicavam mais de dois milhões de posts todos os dias, e esse número vem aumentando exponencialmente desde então.
Produção de conteúdo para blogs é um mercado saturado, e não dá para sentar e esperar que os resultados sejam os mesmos de cinco ou dez anos atrás.
A mesma coisa está acontecendo com os formatos tradicionais de marketing de conteúdo.
Isso se aplica a tudo, de e-books a whitepapers e listas.
E esses são os tipos mais comuns de isca digital que conseguem novos emails para a sua lista.
É por isso que eu passei a maior parte das minhas iscas digitais para conteúdo em vídeo, como webinars ou ferramentas gratuitas.
Além disso, a batalha que você vai ter que travar para que seu blog consiga ranquear nas SERPs está ficando cada vez mais acirrada.
Faça uma busca rápida no Google por qualquer palavra-chave de cauda longa para a qual você queira ranquear.
Por exemplo, vamos pesquisar:
“Como fazer SEO para pequenos negócios”
Notou quais são os dois primeiros sites no ranking?
São players extremamente relevantes na área de SEO.
Sites com o ranking bem alto, que você não tem a menor chance de desbancar, estão monopolizando suas palavras-chave de cauda longa.
Blog e marketing de conteúdo já estão saturados em 2017.
Então você precisa encontrar outras formas de alcançar seu público-alvo sem competir nas SERPs por conteúdo para o qual você vai levar anos para ranquear.
Essa é uma das principais razões pelas quais eu estou investindo pesado em vídeo.
E tem mais.
Vídeo está crescendo rápido
Não só as táticas convencionais de marketing de conteúdo estão saturadas, mas também o marketing em vídeo está decolando.
Ele se lançou como um foguete e não parece que vai parar.
Recentemente, a Cisco lançou um importante whitepaper que mostra o impacto impressionante e o potencial do vídeo no marketing.
Eles constataram que, em 2021, 82% de todo o tráfego de Internet (globalmente) será baseado em vídeo.
Isso significa que praticamente todo mundo vai consumir praticamente só conteúdo em vídeo, em vez de conteúdo escrito, nos próximos anos.
Blogs, e-books, white papers, pode escolher: estão todos com os dias contados. Os usuários vêm cada vez mais deixando eles de lado e dando preferência a conteúdo em vídeo.
Você pode ver essa tendência de forma clara com a crescente base de usuários do YouTube, que recentemente superou a marca de 1,5 bilhão de usuários ativos por mês.
Nossa população mundial atualmente está perto dos 7,6 bilhões.
Isso significa que uma em cada cinco pessoas no mundo inteiro estão entrando no YouTube todos os meses.
Isso é sensacional. Mas não é só:
Usuários ativos logados mensalmente estão passando mais de uma hora por dia assistindo conteúdo em vídeo na plataforma.
Isso é inédito. Nunca se viu tamanho engajamento em uma única plataforma.
Mas todo esse potencial incrível tem um porém:
Ser o primeiro no mercado é crucial.
Agora é a hora de investir em conteúdo em vídeo antes que o mercado fique saturado demais e seus esforços não tenham muito retorno.
Vou te provar isso.
O relatório anual do HubSpot, chamado State of Inbound, faz pesquisas com profissionais de marketing do mundo todo sobre suas estratégias e objetivos de inbound marketing.
O relatório mais recente, de 2017, constatou que 48% dos profissionais de marketing planejavam adicionar o YouTube aos seus canais de distribuição de conteúdo ano que vem.
Outros 46% disseram que vídeos no Facebook também eram uma prioridade.
Isso significa que em 2018, ou no fim de 2018, o mercado vai começar a ficar bem saturado.
Vários profissionais de marketing e empresas vêm notando uma forte tendência de conteúdo em vídeo.
Ser o primeiro do mercado é fundamental se você quer desenvolver a percepção da sua marca e se estabelecer como um especialista em vídeo marketing.
Vídeos convertem extremamente bem
Conteúdo em vídeo não só está crescendo rápido, como também tem uma taxa bem alta de conversão.
Eu mesmo experimentei isso em 2014 quando eu estava tentando otimizar o Crazy Egg para conversões.
Eu primeiro foquei em criar landing pages longas porque eu achei que elas converteriam melhor.
Afinal, a maioria dos estudos mostram que conteúdo mais longo para blogs é o melhor.
E isso é verdade. Não há dúvidas de que posts mais longos te fazem ranquear melhor e convertem melhor.
Eu achei que o mesmo se aplicaria à minha página inicial e landing pages.
Mas não foi bem assim.
Então eu resolvi implementar conteúdo em vídeo e vídeos explicativos na homepage.
Fazendo isso, eu reduzi a extensão da minha página em 60%, removendo um monte de conteúdo desnecessário que eu achei que seria fundamental para conversões.
No fim das contas, minha taxa de conversão aumentou 13%.
Simplesmente incluir conteúdo em vídeo no lugar dos textos ajudou a encurtar a página e aumentou muito a taxa de usuários inscritos.
Foi uma forma melhor de mostrar meu produto e desenvolver desejos e necessidades do que o formato original em texto da minha landing page.
Logo depois, fui testar isso de novo com uma grande amiga minha, Kimberly Snyder.
Ela tinha, originalmente, uma landing page longa, com um amontoado de textos, como a minha.
Mas a simples inclusão de vídeo nos permitiu comunicar o que ela tinha a oferecer sem precisar de texto, ao mesmo tempo que demonstrava prova social.
O resultado final foi um aumento de 40% em conversões apenas alguns dias depois das edições.
Nós fizemos isso tudo em 2014, e conteúdo em vídeo vem se expandindo desde então.
Atualmente, de acordo com os dados mais recentes, empresas que usam vídeo recebem 41% mais tráfego nos seus websites a partir de mecanismos de busca do que aquelas que não usam.
Além disso, conteúdo em vídeo em uma landing page pode aumentar as conversões em 80% ou mais.
Incluir vídeos na sua homepage pode aumentar as conversões em 20% ou mais.
As empresas que estão usando vídeo agora estão tendo um crescimento astronômico na sua receita quando comparadas às empresas que não usam.
O crescimento delas é 49% mais rápido devido simplesmente à troca de estratégia para vídeo.
Outro estudo da Blue Corona constatou que empresas que usam táticas de marketing em vídeo, em média, têm uma taxa de clique 27% mais alta e taxas de conversão do site 34% mais alta do que aquelas que não usam.
Resumindo:
Conteúdo em vídeo é o que há no momento.
Converte extremamente bem e é uma nova maneira de chegar até seu público-alvo.
Além disso, cada vez mais pessoas querem assistir conteúdo em vídeo.
As pessoas vêm passando horas diariamente no YouTube, e a simples inclusão de um vídeo em uma landing page pode aumentar as conversões.
Agora é a hora de investir em vídeo, antes que se torne mais um mercado saturado.
Aqui vão algumas das melhores práticas a se seguir para vencer a concorrência e sair na frente em 2018.
Saia na frente com essas dicas de vídeo marketing
Se você ainda não se lançou no vídeo marketing, é fundamental começar com o pé direito.
Você precisa estabelecer uma marca para os seus vídeos que inclua:
- Ótimo conteúdo, que seja útil e resolva um problema do usuário. Por exemplo “como fazer SEO on-page em 5 minutos”.
- Vídeos de alta qualidade. Isso vai da qualidade da câmera à qualidade do estúdio e da edição. Tem que ser profissional.
Essas são as duas coisas que você não pode errar quando começar a investir em vídeo.
Por exemplo, dê uma olhada em todos os uploads no meu canal do YouTube agora:
Consegue notar uma tendência?
Todos os meus conteúdos e miniaturas são parecidos, tornando mais fácil para qualquer um reconhecer meus vídeos em uma busca no YouTube.
O objetivo aqui é criar uma identidade de marca consistente que permita que os usuários reconheçam minha marca e meu conteúdo mesmo em uma busca sem elementos de marca.
Eu quero que eles consigam perceber rapidamente que meu conteúdo é consistente e poderoso.
O mesmo se aplica à página inicial do seu canal:
Consistência na identidade de marca é fundamental para construir uma base de seguidores que se lembre da sua marca e a associe a conteúdo de alto nível.
Em seguida eu coloco um link para esse conteúdo do YouTube direto no meu site. Eu coloco na seção de vídeos, que eu chamo de “Neil Conhecimento”:
Isso permite que eu me mantenha consistente ao longo da experiência do usuário.
Quando você estiver com a sua identidade de marca na ponta da língua, é hora de se concentrar em produzir vídeos com a melhor qualidade possível.
No meu conteúdo, eu tento fazer com que as edições e transições sejam as mais suaves possíveis.
A qualidade dos meus vídeos se mantém constante em cada um deles, o que significa que você terá a mesma experiência todas as vezes.
Recentemente, o HubSpot estudou o conteúdo em vídeo de mais de 500 empresas para desenvolver o benchmark do sucesso.
Eu peguei um monte de informação útil desse estudo e apliquei ao meu conteúdo com ótimos resultados.
Atualmente, os espectadores assistem 86% dos vídeos sobre negócios em navegadores no desktop e só 14% em dispositivos móveis:
Isso significa que você deveria otimizar seu conteúdo em vídeo principalmente para desktop, apesar do crescimento do mobile.
Você pode fazer isso adicionando um roteiro na descrição do seu vídeo:
Isso vai permitir que as pessoas leiam no computador ao mesmo tempo em que te ouvem e te veem falar.
É uma ótima maneira de combinar um trabalho tradicional de blogs com um vídeo mais enxuto e atrair usuários de desktop que assistem ao seu conteúdo.
O HubSpot também constatou que o horário de pico de visualizações é às quartas-feiras, entre 19h e 23h (horário do Pacífico).
Se a sua estratégia de vídeo marketing for incluir um novo vídeo a cada semana, não deixe de postar nessa janela de horário para obter o máximo de engajamento.
Dados atuais mostram que vídeos com menos de 90 segundos têm uma taxa média de retenção alta, o que não acontece com vídeos extremamente longos:
A Wistia fez uma constatação semelhante, de que, quanto mais longo o vídeo, menor o engajamento que você vai obter:
Mais especificamente, vídeos que passam de dois ou três minutos tiveram uma queda brusca no engajamento:
Vídeos com menos de três minutos são os campeões em termos de engajamento e performance.
Mas você notou o meio do gráfico?
Depois do primeiro ponto de baixa, vídeos de 6 a 12 minutos quase não têm essa queda:
Se você quiser se concentrar em vídeos de conteúdo longo, ou se não conseguir abordar determinado assunto em menos de 3 minutos, encaixe seu conteúdo nessa janela de 6-12 minutos para garantir a melhor performance possível.
Se for mais longo do que isso, você corre o risco de ter uma taxa de abandono mais alta.
Mas lembre-se:
Sempre baseie o conteúdo nos funis básicos de venda e marketing.
Isso é algo que venho fazendo com bastante sucesso.
Por exemplo, se você tem leads no fim do funil, praticamente prontos para converter, enviar a eles um vídeo de 90 segundos não vai fazer muita diferença.
Não vai educá-los ou convencê-los.
Eles provavelmente precisam de um vídeo longo com estudos de caso e bastante dados para analisar.
Veja como eu atualmente estruturo meu conteúdo em vídeo com base nos estágios do funil. É também como eu recomendo que você faça para ter o máximo de sucesso:
TOFU, ou o topo do funil, é onde os usuários ainda não têm uma percepção da marca. Eles não te conhecem.
Com isso em mente, seu vídeo deverá ser curto e leve, com uma deixa que eles possam aplicar pra já.
É isso que vai fornecer mais valor para eles sem fazer com que eles percam seu tempo ou se perguntem por que eles clicaram no seu conteúdo.
Para o MOFU, o meio do funil, você deve focar em criar conteúdo de pelo menos cinco minutos para oferecer mais valor e opções detalhadas para resolver um problema.
Esses usuários já têm uma percepção da sua marca, então eles querem um pouco mais de conteúdo seu do que um usuário de primeira vez.
Por fim, o BOFU, a parte de baixo do funil, quer conteúdo longo.
Eles estão bem educados e prontos para converter nas suas ofertas. Você só precisa mantê-los informados e oferecer bastante valor para eles.
Crie vídeos com bastante ação para o seu público BOFU, e você vai obter mais conversões num piscar de olhos.
Não deixe de colocar essas ações em prática para se antecipar às tendências de vídeo marketing de 2018.
Conclusão
O marketing de conteúdo em 2017 girou em torno dos blogs.
Escrever mais posts, e-books e whitepapers.
Mas e em 2018? Conforme as demandas e comportamentos dos consumidores mudam, você deve mudar também.
É um mercado em constante evolução, difícil de definir, mas uma mudança de tática é sempre bem-vinda.
Atualmente, eu gasto US$144.000,00 para dobrar meu conteúdo em vídeo para 2018.
Competir em um mundo saturado de blogs e marketing de conteúdo não é divertido, nem gera lucro ou um retorno considerável sobre o investimento.
Você precisa de outras maneiras para se destacar da multidão e fazer o seu negócio crescer.
Métodos comuns de marketing de conteúdo não funcionam mais.
Como já vimos, as táticas perdem seu impacto ao longo do tempo, conforme mais pessoas vão pegando carona na tendência.
É fundamental ser o primeiro no mercado e conseguir o máximo de usuários possíveis antes que ele fique saturado e o ciclo se repita.
Agora é hora de investir em vídeo, para não correr o risco de entrar no jogo tarde demais!
Quais são seus planos para conteúdo em vídeo em 2018?
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