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Neil Patel

Internet Das Coisas: O Que É e Como Ela Funciona Na Prática

Internet das Coisas, ou IoT (Internet of Things), é um conceito que define a conexão entre objetos físicos com o usuário e a internet. Para tanto, faz uso de sensores inteligentes, como Bluetooth e GPS, além de softwares, empregados na coleta e transmissão de dados para a rede, permitindo controlar aparelhos diversos por dispositivos móveis.

O que vem por aí na Internet das Coisas (IoT)?

Essa é uma pergunta que intriga muita gente, de usuários a desenvolvedores de soluções.

E não existe uma resposta, dada a grande e ainda crescente aproximação entre o mundo real e o mundo digital.

Vivemos em meio a uma revolução da tecnologia, onde tudo se conecta cada vez mais.

Como resultado, até mesmo as tarefas do dia a dia podem ser facilitadas.

Já reparou que já não realizamos mais atividades cotidianas como antigamente? Dirigir um carro ou assistir TV são apenas algumas práticas que, na era digital, se tornaram mais dinâmicas, fáceis e interativas.

Também são exemplos de Internet das Coisas que já fazem parte do cotidiano e você talvez ainda não tenha se dado conta.

No caso dos aplicativos de trânsito, você tem acesso a informações em tempo real sobre as melhores rotas, congestionamentos, entre outros.

Já nas chamadas Smart TVs, pode acessar aplicações, lojas e sites dentro do próprio aparelho.

Consegue se lembrar como era a sua vida antes do GPS?

Ele é um dos responsáveis pela disponibilização de coordenadas físicas para que a Internet das Coisas entre em ação.

Por isso mesmo que, provavelmente, você já recebeu uma notificação pedindo para confirmar o endereço da sua casa.

Essas são só algumas reflexões para que fique mais fácil entender o conceito de Internet das Coisas.

Explico neste artigo o que é e como funciona.

Fique por dentro!

Mas afinal, o que é Internet das Coisas (IoT)?

Internet das Coisas, ou simplesmente IoT (Internet of Things), é um conceito que define a conexão entre objetos físicos com o usuário e a internet.

Ela usa sensores inteligentes, como Bluetooth e GPS, e softwares para coletar e transmitir dados para a rede.

Em outras palavras, é como uma extensão da internet que conecta objetos que fazem parte do dia a dia com a internet.

De forma ainda mais resumida, a IoT significa poder controlar certos aparelhos e realizar ações a partir do seu próprio smartphone ou tablet.

Para isso, basta estar conectado à uma rede Wi-Fi ou 3G/4G.

É uma tecnologia que possibilita que televisores, geladeiras, lavadoras e outros equipamentos diversos possam ser controlados remotamente ou até acessados como provedores de serviços.

Outro exemplo de IoT vem de startups que estão idealizando soluções para resolver um problema comum a donos de cães e gatos: a falta de tempo.

É o caso da PlayPet, que desenvolveu um app para alimentar animais de estimação a distância.

Ao longo deste artigo, você verá outros exemplos e conhecerá várias aplicações da Internet das Coisas no seu dia a dia.

Como surgiu o termo?

Apesar de ainda parecer novidade, o conceito de Internet das Coisas (IoT) não é recente.

Foi criado em setembro de 1999 – e lá se vão duas décadas já.

Seu inventor se chama Kevin Ashton, um pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Ele fez parte de um time que descobriu como conectar o mundo real ao digital através da identificação por radiofrequência (RFID).

Com base nesse trabalho, escreveu um artigo intitulado “As coisas da Internet das Coisas”, onde falou em detalhes sobre a experiência. Você pode ler na íntegra, em inglês, neste link.

No texto, Ashton afirma que a falta de tempo das pessoas traz novas oportunidades para a criação de “coisas” que não precisem ser feitas por elas.

Ou seja, podem se realizadas por dispositivos que conversam entre si, que conseguem acompanhar e ler as atividades delas, gerar informação e facilitar o dia a dia.

Há 20 anos, isso poderia parecer futurista demais, já que o uso comercial da internet dava apenas seus primeiros passos.

Mas, hoje, não resta dúvidas de que o autor tinha toda razão – e que experimentamos até agora apenas a ponta do iceberg.

Qual é a importância da Internet das Coisas?

Nada melhor do que números e fatos para convencer sobre a importância da Internet das Coisas.

Vamos começar pelos números.

Segundo previsão da consultoria Gartner, já em 2020, existirão 26 bilhões de dispositivos conectados no planeta.

Logo à frente, em 2025, esse número deverá chegar à marca de 100 bilhões.

Mas não pense que isso vale apenas para os países mais desenvolvidos.

No Brasil, que é considerado uma das nações mais conectadas do mundo, as perspectivas são mais do que positivas.

O país está entre aqueles que mais apoiam a Internet das Coisas, de acordo com uma pesquisa realizada pela Unisys Security Index.

Entre outros dados, o levantamento mostra que 92% dos brasileiros concordam com a implementação de um botão de emergência em gadgets.

E que 88% aprovam o uso de sensores para a localização de bagagens em aeroportos.

Em relação aos fatos, como comentei antes, aqui vão alguns motivos pelos quais a IoT é importante:

Esses são apenas alguns dos benefícios da Internet das Coisas para as nossas vidas.

Mas também podem se estender a praticamente todos os objetos à nossa volta.

Já assistiu a filmes futurísticos ou a desenhos animados, como Os Jetsons?

Ainda que mostrem “previsões” que, inacreditavelmente, estão se realizando hoje, são apenas exemplos do que está por vir.

Concorda comigo que você jamais imaginaria receber um alerta em seu celular sobre o leite que está faltando na geladeira?

Pois é. As coisas só tendem a evoluir cada vez mais.

E enquanto alguns se assustam, outros enxergam aí oportunidades.

Tem muita gente já usando a IoT para se dar bem, como vou mostrar na sequência.

7 indústrias que estão usando a IoT

Veja agora mais exemplos sobre como a Internet das Coisas pode trazer ganhos.

São diferentes atividades econômicas que vem usando a tecnologia para melhorar seus serviços e qualificar a experiência dos usuários.

Se precisa de inspiração, aqui vai um prato cheio.

1. Hospitais e clínicas

Através de dispositivos vestíveis automatizados, pacientes podem permitir que os médicos acompanhem as suas condições de saúde a distância.

Conectados ao dispositivo móvel do profissional, essas tecnologias facilitam a medição de batimentos cardíacos e até a coleta de sangue.

Os resultados são enviados diretamente para o sistema de controle, o que facilita e agiliza o atendimento.

2. Agropecuária

Longe das grandes cidades, sensores podem detectar a umidade do ar e a temperatura das plantações para ativar sistemas de irrigação.

Além disso, acompanham ainda a previsão do tempo.

Com isso, podem regular o uso de água na agropecuária e tornar a atividade mais econômica e sustentável.

3. Fábricas

Nas fábricas, sensores embutidos em equipamentos podem medir a produtividade, rastrear recursos e comunicar problemas.

Tudo em tempo real, trazendo mais eficiência ao trabalho e reduzindo os custos produtivos.

4. Lojas

Com prateleiras inteligentes e dispositivos de monitoramento, controlar o inventário e a segurança das lojas nunca foi tão fácil.

E o mesmo vale para entender as preferências do cliente, como quando certos itens vendem mais.

É uma forma de coletar dados deles para usar em estratégias de marketing e vendas.

Assim, os benefícios se estendem, inclusive, aos consumidores que têm acesso a experiências personalizadas.

5. Transporte público

Agora, é possível saber a localização do ônibus por meio de smartphones ou telas instaladas nos terminais.

Os sensores também ajudam empresas de transporte a descobrir possíveis defeitos mecânicos e se os horários estão sendo cumpridos, o que contribui para a pontualidade na oferta.

6. Logística

Ajuda as empresas a definirem as melhores rotas, a otimizar a entrega de encomendas e até a escolher os caminhões mais adequados.

7. Serviços públicos

Facilita a coleta de lixo, o monitoramento de trânsito, entre outras atividades fundamentais que fazem parte da rotina de uma cidade.

Internet das Coisas: 4 exemplos reais

O que relatei no tópico anterior são ideias gerais, aplicadas às realidades de diferentes empresas.

Agora, quero que conheça casos de sucesso de companhias que usam a IoT com mais profundidade: a partir de seus próprios produtos.

1. Nest

A Nest desenvolve termostatos e detectores de fumaça que podem ser acessados por meio de aplicativos em smartphones.

E é tão inovadora que foi adquirida pelo Google em 2014 por nada mais que US$ 3,2 bilhões.

2. Fitbit

Já viu algum amigo compartilhando no Facebook quantos quilômetros correu no final de semana?

O dispositivo dele provavelmente foi criado pela Fitbit.

Essa é uma empresa que produz dispositivos de IoT para monitorar a saúde e a prática de exercícios físicos.

Alguns de seus itens são balanças, pulseiras e relógios inteligentes.

Todos os dados levantados por esses dispositivos são sincronizados pelo celular. Com isso, podem ser compartilhados em posts nas redes sociais.

3. Philips Lighting

Essa é uma divisão da Philips que fabrica lâmpadas LED inteligentes: as Hue.

Bastam algumas deslizadas de dedos no smartphone e elas mudam de cor e intensidade.

Tudo isso para tornar a experiência do consumidor mais agradável em qualquer situação.

4. Tesla Motors

A gigante automotiva prepara carros elétricos com uma pegada “high tech”.

Os modelos podem ser conectados à internet para atualizações de software.

Com vários sensores, fornecem em tempo real dados de geolocalização.

E como se não bastasse tudo isso, o próximo passo da empresa é trazer ao mercado carros autônomos.

Arduino e a Internet das Coisas

Quer criar soluções de IoT, mas não entende muito de programação e prototipagem?

Minha dica é: busque videoaulas sobre o tema no YouTube e utilize o Arduino como aliado.

Arduino é uma plataforma open-source criada em 2005 para facilitar a criação de ambientes e objetos interativos.

Com ela, é possível conectar objetos a atividades do cotidiano, como abrir uma porta pelo celular ou ligar o chuveiro.

A plataforma é capaz de receber sinais de sensores e interagir com os objetos ao redor.

Pode controlar luzes, motores e outros dispositivos.

Vale experimentar para descobrir todo o potencial.

Como o 5G vai beneficiar a Internet das Coisas?

Com a promessa de entregar velocidades de download de até 100 megabytes por segundo, o 5G deve tornar tudo mais conectado e rápido.

É rápido mesmo.

Conforme relatório da Consumer Technology Association, baixar um filme de duas horas exige 26 horas no 3G, seis minutos no 4G e míseros 3,5 segundos no 5G.

No Brasil, um primeiro leilão da Anatel está previsto para março de 2020.

Mas o 5G já chegou à Coreia do Sul e aos Estados Unidos, por exemplo.

A tecnologia atende à demanda da Internet das Coisas e a previsão de bilhões de dispositivos conectados.

Isso porque o 4G não foi pensado para isso.

Então, empresas como a Intel já estão se movimentando junto a parceiros para homologar o 5G.

A ideia é que os usuários possam usar chips compatíveis com aqueles que foram implementados em dispositivos IoT.

Assim, cada um usa o que for necessário, evitando problemas de tráfego.

Possíveis riscos da Internet das Coisas

Assim como tudo o que é bom na vida, a Internet das Coisas também tem suas fragilidades.

Como conecta quase tudo, é natural que tenha riscos associados.

Por isso mesmo, as desenvolvedoras de dispositivos IoT estão se atentando cada vez mais a cuidados preventivos e corretivos.

Apesar de trazer vários benefícios, a Internet das Coisas coloca a segurança e a privacidade dos usuários e das empresas em jogo.

Hackers estão usando métodos cada vez mais sofisticados para adivinhar suas credenciais de uso. Segundo pesquisa da Kaspersky Lab, o esquema de tentativa e erro está presente em 93% dos ataques virtuais a dispositivos IoT.

Já pensou nos transtornos que uma loja teria se, por exemplo, invasores tivessem acesso a seu sistema de segurança?

O mesmo vale para cidades, se os seus semáforos fossem desconectados. O caos se instalaria em questão de minutos.

Não resta dúvida de que os desafios da indústria de Internet das Coisas daqui para frente são grandes. Entre eles: proteger comunicações, definir normas de privacidade, integridade e disponibilidade de serviços.

Uma tarefa que envolve ainda o respeito às convenções globais e à legislação de cada país.

Com um cenário de vulnerabilidades, a transparência é fundamental.

O que quero dizer com isso é que as empresas e os usuários devem ser comunicados sobre os riscos associados.

E, claro, receber as orientações necessárias para minimizá-los.

Conclusão

De carros a drones, das ruas a prédios inteiros: no futuro tudo estará conectado.

E até mesmo um simples vazamento de água na sua casa poderá ser notificado automaticamente no celular do profissional da manutenção.

Pode parecer utopia, mas a tecnologia evolui a passos largos.

Dentro de poucos anos, a Internet das Coisas estará acessível para o grande público.

Fará parte das nossas vidas e mudará a nossa interação com as marcas e com o mundo.

Esteja preparado para as novidades que estão por vir.

Consegue imaginar o quanto vamos ganhar em produtividade e em qualidade de vida?

Sem dúvidas, vamos gerar mais dados de inteligência, insights e tornar as atividades dentro e fora do trabalho ainda mais inovadoras.

Estaremos cada vez mais conectados e por dentro de tudo o que acontece em todas as partes do mundo.

E você, já usou algum dispositivo de Internet das Coisas ou tem vontade de adquirir algum deles nos próximos meses? Conte aqui nos comentários a sua experiência com essa revolução da tecnologia.

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