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Neil Patel

Design Thinking: O Que É, Quais As Etapas E Como Aplicar

Design Thinking é uma construção coletiva que compreende a proposição de ideias para abordar e solucionar determinados problemas. Tem relação com inovação e novas formas e encarar velhos desafios. No ambiente corporativo, é utilizado para lançar um serviço ou produto e também para modificar a cultura organizacional, entre outras aplicações.

Design Thinking é para quem precisa de soluções.

Não é sobre rabiscar lousas brancas e se perder em meio a post-its, mas sobre revolucionar a forma de se propor soluções.

Foca esforços para alcançar a dádiva chamada satisfação do cliente – seja ele interno ou externo.

Exatamente por isso, o conceito tem por base entender seus desejos mais profundos, além de necessidades e percepções de mundo.

Com origem na área de design, ganhou fama na área de desenvolvimento de produtos e hoje é sucesso em qualquer segmento.

No ambiente corporativo, é a bola da vez, o que se justifica porque resolver problemas é o Santo Graal dos negócios criativos e inovadores.

Assim, o Design Thinking marca presença, inclusive, nas marcas que você mais admira (e que, talvez, não viva sem elas).

Quer descobrir quais são, se inspirar e aprender tudo sobre essa abordagem que pode revolucionar uma empresa?

Então, continue a leitura até o final deste artigo.

Além de explicar o que é Design Thinking, vou mostrar como o processo funciona, falar da sua origem, das etapas de aplicação e também trazer cases de sucesso.

Vamos começar?

O que é Design Thinking?

Design Thinking é uma abordagem colaborativa focada na empatia com os stakeholders (público de interesse na empresa) para solucionar problemas.

Quem fica no centro de desenvolvimento do produto são pessoas, de modo geral, e não apenas o consumidor final.

Diferente da matemática, por exemplo, não nos oferece mais e mais fórmulas prontas.

Exatamente por esse motivo não é uma metodologia, mas um jeito criativo e inovador de olhar para os negócios.

É uma forma de estudar as necessidades humanas para propor soluções.

Como funciona o Design Thinking?

Trocando em miúdos, o Design Thinking funciona como a prática da empatia para desenvolver um projeto.

Você se coloca no lugar de outras pessoas para gerar soluções criativas para resolver os problemas que elas têm.

Também ajuda a identificar barreiras de usabilidade ou consumo e a criar alternativas para superá-las.

Tudo isso a partir de um entendimento sobre a experiência cultural, visão de mundo e processos de vida delas.

Para que funcione e gere resultados, o Design Thinking se baseia em três pilares:

Uma mistura mágica que pode ser aplicada a qualquer área de negócio.

Não se restringe apenas ao desenvolvimento de produtos.

Serve para aumentar as vendas, criar ou melhorar projetos, modelos de negócio e até produzir conteúdo encantador.

Mas não para por aí. Pode ser aplicado até onde a sua criatividade conseguir alcançar.

Fazem parte desse mix: brainstorming, pesquisa, seleção de ideias, prototipagem e realização de testes.

Mais à frente, vou trazer detalhes sobre as etapas do processo.

De onde vem o Design Thinking?

Como o nome sugere, o Design Thinking tem origem no processo criativo dos designers.

Traduzido como “pensamento de design”, se inspira nos métodos que esses profissionais criativos usam para propor soluções para elevar o nível de inovação.

É uma forma diferente de pensar o design, que analisa vários pontos de vista para resolver problemas de origens diversas.

Diferente de outros métodos, o Design Thinking foca em entender as necessidades reais do mercado e não se limita apenas à observação de dados estatísticos.

É um trabalho colaborativo e, geralmente, realizado em equipes multidisciplinares para que se torne ainda mais rico.

Quem inventou o Design Thinking?

Existem várias controvérsias quando o objetivo é descobrir o verdadeiro criador do Design Thinking.

Afinal, desde as mais antigas civilizações, éramos convidados instintivamente a pensar em soluções para resolver problemas.

Para encontrar comida, os homens da Pré-História tinham que ir à caça. Para se proteger do frio, faziam fogueiras ou buscavam abrigo.

Os problemas eram diferentes, mas a necessidade de encontrar uma solução a eles permanece a mesma tanto tempo depois.

Mas como se trata de uma abordagem diretamente ligada ao design, os modelos mais parecidos com o Design Thinking como o conhecemos hoje são bem recentes. Datam do início do século 20.

Alguns especialistas afirmam que a maior parte dos elementos do Design Thinking começaram a ser usados em 1919, por estudantes da escola de arte Bauhaus.

Entretanto, em 1969, apareceu como forma de pensar o design aplicado à ciência no livro The Science of the Artificial, de Herbert A. Simon.

Mais tarde, em 1973, na engenharia, foi alvo da obra Experiences in Visual Thinking, de Robert McKim.

Hoje, a teoria mais aceita começou com Rolf Faste, professor de Stanford, que definiu e popularizou o conceito como ação criativa.

Em 1991, David M. Kelley, seu colega de Stanford e fundador da consultoria de inovação IDEO, foi um dos primeiros formadores de opinião sobre o tema.

Consegue adivinhar onde a empresa de Kelley está localizada?

Se pensou no Vale do Silício, acertou.

Desde que a consultoria foi fundada, ficou famosa por lá por usar uma abordagem diferenciada para resolver problemas.

E foi assim que o nosso querido Design Thinking se popularizou como é hoje.

Em 2009, Tim Brown, seu colega e CEO da consultoria, lançou um livro sobre o tema: “Design Thinking – Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias”.

Título impactante, não?

O trabalho deles repercutiu tão bem, que a própria mídia na época destacou que se tratava de um processo para a criação de um carrinho de compras inovador.

Etapas do Design Thinking

Depois da teoria, vamos à prática.

Preparei um breve resumo sobre as cinco etapas do Design Thinking.

Confira!

1. Criar empatia e compreender

Começa quando você se coloca no lugar do outro e joga fora pré-conceitos e pressupostos para entender todo o problema.

Tudo isso, claro, levando em consideração o seu contexto.

Leia-se: necessidades, preferências, desejos e percepções de mundo das pessoas envolvidas.

2. Definir

É quando, depois de criar empatia e compreender, você vai delimitar qual é o problema e o que precisa ser resolvido.

3. Idear

Consiste em criar ideias e sugestões, sem medo de errar.

Em muitas empresas, é quando acontece a reunião de brainstorming para que uma equipe multidisciplinar se reúna e pense em conjunto.

4. Prototipar

A partir da escolha de uma ou mais ideias, como as mais interessantes ou recorrentes, é hora de criar protótipos.

Não precisa ser algo engenhoso ou um robô de inteligência artificial que vai falar seis idiomas e dar piruetas.

Pode ser desde um desenho até uma maquete feita de sucata para simular o produto final.

5. Testar

É uma das fases mais empolgantes do Design Thinking: experimentar os protótipos e entender qual deles faz mais sentido.

Atenção: o Design Thinking não é linear

Ao chegar aqui, você provavelmente está ansioso para saber como aplicar o Design Thinking.

Então, quero lembrar de um ponto fundamental para qualquer estratégia: não se trata de uma abordagem linear. Ou seja, não segue uma ordem específica.

O que quero dizer com isso é que as etapas não precisam ser seguidas exatamente na ordem que coloquei ali em cima.

Sentiu a necessidade de voltar para uma etapa anterior e colher mais informações sobre o problema dos stakeholders? Volte sem peso na consciência.

Já conseguiu pensar em uma boa ideia dentro dessa etapa, quer ganhar tempo e pular para a prototipagem? Fique à vontade.

No Design Thinking, quem manda é você.

Como aplicar as práticas na minha empresa?

Considerando que cada organização tem uma cultura e características diferentes, o Design Thinking pode ser aplicado a qualquer contexto.

Pode, inclusive, ser adaptado à realidade da empresa.

No entanto, o que você precisa ter em mente é que o objetivo do Design Thinking é resolver o problema de um certo público.

Então, todas as etapas que vimos até aqui devem ser lembradas, mas, principalmente, a primeira: empatia e compreensão.

Para ter sucesso no uso dessa abordagem criativa e inovadora, evite fazer isso sozinho.

Procure envolver profissionais especializados em diferentes áreas para enxergar a situação de diferentes ângulos.

Veja a seguir quais ferramentas podem ajudar nesse desafio.

5 ferramentas de Design Thinking

Selecionei as ferramentas que podem ser usadas em qualquer fase da abordagem, seja em apenas uma ou em todas elas.

Como o Design Thinking não é linear, você tem liberdade total para escolher qual se encaixa melhor na sua busca por uma determinada solução.

1. Brainstorming

Brainstorming, ou tempestade de ideias, nada mais é do que reunir uma equipe multidisciplinar para pensar e discutir propostas e possibilidades.

Mas, para que a coisa flua, o ambiente precisa favorecer a ousadia.

Por isso, é preciso deixar claro aos participantes que críticas só serão aceitas se foram construtivas.

2. Cocriação

Convidar clientes, parceiros ou outros stakeholders para participarem do processo pode gerar insights valiosos.

E eles provavelmente vão se sentir importantes com isso, o que é um benefício extra do Design Thinking.

3. Gamificação

É para tornar a atividade lúdica e ainda mais descontraída, trazendo elementos dos games para ela.

4. Mapas mentais

Podem ser usados para organizar informações, como, por exemplo, as necessidades, vivências culturais e processos da vida do cliente.

Também pode ser transformado em mapas de empatia, o que é possível a partir dos insights gerados em entrevistas com as partes envolvidas.

5. World Café

Os participantes são divididos em mesas, como em um café, e vão trocando de lugar de tempo em tempo.

Então, a conversa continua sempre de onde parou, mas com novos integrantes à mesa.

Esse é um método que incentiva o diálogo entre os participantes.

Onde aprender Design Thinking?

A abordagem está cada vez mais presente no palco de palestras, simpósios e eventos de todos os tipos.

Mas você também pode aprender sobre Design Thinking em outros lugares, como plataformas de conteúdo, comunidades globais e livros.

Quer algumas dicas?

Então, anote aí!

Cursos gratuitos

OpenIDEO

Uma comunidade global para pessoas interessadas em criar soluções para alguns dos problemas mais desafiadores do mundo.

A plataforma OpenIDEO foi criada em 2010 pela consultoria IDEO como uma solução para incentivar a inovação onde ela é mais necessária.

E como você já viu ao longo do artigo, IDEO é praticamente um sinônimo para o Design Thinking.

TED Talks

Você pode, ainda, gerar insights de palestras relacionadas ao Design Thinking no TED Talks.

Basta acessar o site, e pesquisar pela abordagem para conferir a opinião de grandes nomes da inovação, como o próprio Tim Brown, Elon Musk, David Kelley e Steven Johnson.

Livros

6 cases de sucesso de Design Thinking

O que falta para dar start no processo? Um pouco de inspiração?

O que acha de conhecer os resultados incríveis do uso do Design Thinking em diferentes segmentos?

Então, chegou a hora de conferir os cases que separei para você .

Vamos a eles!

1. AirBnB

Prestes a falir, em 2009, o Airbnb foi salvo pelo Design Thinking e se transformou em um negócio bilionário.

O motivo? Identificaram que as fotos das casas disponíveis para alugar por temporada não eram boas.

Com isso, decidiram selecionar algumas propriedades para fazer um teste: tirar fotos profissionais para ver se o número de reservas aumentaria.

O resultado? Em uma semana, o volume dobrou e, a partir dali, a empresa passou a receber cada vez mais investimentos.

2. GE Healthcare

Só quem já fez exame de ressonância magnética sabe o incômodo para literalmente entrar no aparelho.

O curioso é que não era para ser assim.

Produzir esse maquinário era um grande orgulho para o designer Doug Dietz, da GE Healthcare. Ele era tão dedicado que até chegou a ser indicado para um prêmio de design.

Como todo profissional inovador, inquieto, Dietz decidiu ir até um hospital para ver o uso do produto.

Mas, para sua surpresa, ao chegar lá percebeu que várias crianças estavam aterrorizadas com a ideia de entrar na máquina.

O designer percebeu, então, que havia desenvolvido um produto sem pensar na experiência do usuário ou nos seus sentimentos.

Intrigado, voltou para casa para pensar em uma solução melhor.

Usando técnicas do Design Thinking, se reuniu com profissionais multidisciplinares para pensar em alternativas viáveis.

A ideia? Propor um produto menos aterrorizante e mais adequado ao que os pacientes desejam.

A partir daquele momento, Dietz passou a frequentar locais com crianças para entender suas necessidades e preferências.

Em seguida, prototipou e testou um ambiente agradável para elas.

Como não era de se duvidar, o resultado foi excelente: os pequenos passaram a encarar o exame como uma experiência divertida.

3. Natura

Reconhecida como referência no mercado de cosméticos mundial, a Natura usou a cocriação como ferramenta para criar soluções relevantes.

Para isso, em parceria com a Livework Brasil, projetou espaços de cocriação para redefinir a relação do consumidor com a marca.

4. Netflix

Entendendo que o comportamento e as necessidades dos usuários mudam, a Netflix focou em personalização.

Passou a trabalhar com padrões de comportamento para direcionar a estratégia de aquisição de conteúdos e lançamentos.

Com isso, filmes, séries e documentários passaram a ser lançados apenas após uma análise de compatibilidade com o desejo dos usuários.

5. Rappi

Criado com o objetivo de entregar bebidas, o aplicativo de entregas Rappi evoluiu rapidamente e hoje promete delivery de tudo.

Como podemos ver, tem o Design Thinking desde o modelo de negócio.

Começou em 2016, como fruto da ideia de empreendedores colombianos.

Na oportunidade, eles ofereceram um donut para cada pessoa que baixasse o app.

No Brasil, já ajudou até uma noiva a garantir a presença de um padrinho em seu casamento.

Ela fez um chamado para que um entregador fosse até o apartamento dele para acordá-lo.

Avançando rapidamente no mercado, a startup recebeu em 2019 o investimento de US$ 1 bilhão pela DST Global, Andreessen Horowitz e Sequoia.

6. Volkswagen

Na Europa, a tradicional fabricante de veículos criou o Quicar: um clube de carros compartilhados.

O resultado foi um sucesso.

Alia a confiança na marca e também a necessidade de conveniência dos usuários.

Conclusão

O que todas as empresas que acabamos de ver e você têm em comum? Vontade de inovar.

Então, acredite: oportunidades incríveis estão por vir. E, muito provavelmente, bem mais perto do que imagina.

Que tal aplicar um pouco do que aprendeu sobre Design Thinking para inovar nos seus negócios?

É uma abordagem que pode ajudar a propor coisas novas e a sair da caixinha.

Você pode até criar um novo nicho de mercado. Já pensou no quanto pode conquistar com esse movimento?

Aproveite e nos conte como pretende usar o Design Thinking.

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