Como Usar o Poder da Emoção Para Melhorar o Marketing nas Mídias Sociais

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Você sabia que podemos usar 10.000 variações faciais para expressar uma ampla variedade de emoções? 

Os humanos são seres naturalmente emocionais. Eles gostam de sentir e, quando sentem, também gostam de compartilhar com amigos e família. E é por isso que as redes sociais progridem tanto.

Mas existem alguns tipos de posts que são compartilhados mais que outros. Em um estudo de 1,6 milhão de posts sociais orgânicos no Twitter, Facebook e Google+, o Social Flow descobriu que 99% dos posts recebem algo semelhante a zero em engajamento.

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Mas alguns poucos se tornam virais rapidamente. A razão implícita é porque eles instigam o leitor a sentir uma emoção muito forte. Talvez esteja fazendo o seu público feliz, talvez triste ou até mesmo zangado.

A questão é que pessoas somente compartilham o seu conteúdo se ele tocar o emocional delas (e não o racional). Então, neste post, vamos explorar tipos de emoções que você deve aproveitar ou evitar, quando fizer compartilhamentos nas redes sociais. Aqui vai o #1.

1. Conteúdo feliz é mais compartilhado do que conteúdo triste

A felicidade é intrínseca ao ser humano. Mas como isso se espalha nas redes sociais?  

Pesquisadores da Universidade de Cornell fizeram uma parceria com o Facebook para conduzirem um estudo sobre 500.000 usuários. Eles alteraram a quantidade de conteúdos positivos e negativos que aparecem no feed de notícias de um usuário.

E adivinhe o que eles encontraram?

Sincronia emocional – Usuários que viram mais conteúdos positivos também fizeram posts mais positivos e menos negativos. O oposto também aconteceu.

Observando a demanda por boas notícias, sites como o good.news tomaram forma. Em vez de usarem o sensacionalismo para reportarem notícias negativas e problemas como as mídias tradicionais fazem, eles visualizam os desafios da sociedade por meio das lentes do progresso e da possibilidade.

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De fato, a larga extensão de emoção não se limita às redes sociais. Em um estudo de 6 meses sobre 7.500 artigos conduzido na Universidade da Pensilvânia:

Pesquisadores descobriram que artigos positivos e intelectualmente desafiadores foram preferencialmente enviados via email por pessoas contra temas negativos.

Em seu estudo sobre conteúdo viral, o Fractl também descobriu que o conteúdo relacionado à felicidade foi o melhor para encorajar o compartilhamento.

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Como marca, você deve promover a felicidade, porque é uma oportunidade de influenciar o bem estar dos seus fãs e simultaneamente ampliar o nome e alcance da sua marca. Aqui estão dois exemplos de como alavancar felicidade ao postar nas redes sociais.  

1. Divirta os seus fãs com o seu talento – O riso é uma ótima ferramenta para se conectar com o seu público. Se você entende o tipo de humor que os seus seguidores gostam, então você conseguirá um grande engajamento nas redes sociais.

Piadas geralmente funcionam bem no Twitter e são muito retweetadas/curtidas.

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No exemplo abaixo, o Chipotle usa esse truque para engajar com seus seguidores.

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Uma conversa alegre contribui para criação de um ponto de vista a respeito do seu produto. Observe como o Taco Bell usa uma pesquisa com humor para explicar o seu café da manhã de $1 dólar.

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Geralmente eu também compartilho fotos engraçadas na minha página do Facebook. Elas garantem que as pessoas não sintam que um robô está gerenciando a página. Posts assim são curtidos pelo meu público e eles recebem um engajamento fantástico.

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2. Compartilhe as suas realizações que inspiram – Se os seus fãs te curtiram nas redes sociais, significa que eles querem ouvir algo da sua marca. Então não se sinta desconfortável ao postar coisas sobre você mesmo.

Lembre-se, inspirar o seu público é por uma boa causa. O truque, porém, é não compartilhar qualquer pequeno avanço da sua empresa e nem ficar se promovendo demais.

Um grande exemplo desse tipo de conteúdo é o meu post sobre a “Medalha de condecoração do Governo do Cambodia” que recebi por construir escolas.

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Outro exemplo brilhante de um influenciador das mídias sociais compartilhando conteúdo inspirador é o DJ Khaled. Ele construiu uma audiência de 2 milhões de pessoas no Snapchat, compartilhando as suas “chaves para o sucesso” nas histórias de 24 horas do Snapchat.

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2. Invocar sentimentos de espanto podem te surpreender com o número de compartilhamentos

Em sua análise dos 10.000 artigos mais compartilhados pela internet, a OkDork descobriu que a emoção mais utilizada foi a do “temor”, com 25%.

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Por que invocar um sentimento de surpresa no seu público funciona tão bem?

É porque o cérebro humano é conectado para desfrutar de surpresas. Em um estudo realizado com água ou suco de frutas sendo esguichados na boca de 25 voluntários, o centro de prazer do cérebro foi ativado (devido ao ímpeto da dopamina, neurotransmissor do bem estar) já que o esguicho se tornou um tipo de padrão imprevisível.

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“Isso sugere que as pessoas desejam o inesperado.”

Então, não crie e compartilhe apenas conteúdos positivos. Poste conteúdos impressionantes que surpreendam o seu público com o seu valor e entretenimento. As pessoas vão comentar e compartilhar. Vou te mostrar 3 exemplos de conteúdo inspiradores.

1. Posts de listas elegantes –  O quarto conteúdo mais compartilhada no The New York Times, ano passado, foi o artigo lista “52 lugares para ir em 2015 (522.000 compartilhamentos).”

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Alcançou 500 mil compartilhamentos, porque continha imagens bonitas de destinos que você pode viajar.

2. Crie uma recurso que é insanamente valioso para o seu público – Você já leu as táticas de link building escritas pelo Jon Cooper do Point Blank SEO?

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O guia contém muitos detalhes e se teve uma ótima repercussão no momento em que Jon criou o post. Com o tipo de valor que o guia oferece, deu para perceber porque o post deu tão certo.

O post gerou mais de 4 mil compartilhamentos (o contador do Twitter nem funciona mais). Aposto que muitos profissionais de marketing compartilharam o post, mesmo sem lê-lo completamente, porque o acharam muito  inspirador.

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E ele está posicionado no primeiro lugar para a palavra-chave concorrida “Táticas de link building.”

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O post fez muito sucesso porque ele foi memorável! E eu compartilhei mais 13 exemplos de posts épicos como estes, aqui.

Perceba que a definição de épico varia de tempos em tempos. A norma agora são os posts longos e, mesmo posts com 7.000 palavras, podem acabar sendo ignorados. Então faça o controle da concorrência antes de investir tempo criando um post épico. Aqui está o meu guia para escrever um conteúdo épico.

3. Surpreenda os seus leitores com o seus prazos – Você acompanha o Super Bowl?

Mesmo que não acompanhe, existe uma grande chance de você ter ouvido falar sobre esse tweet viral do Oreo quando as luzes acabaram durante o Super Bowl em Nova Orleans.  

O tweet dizia. “Sem energia? Não tem problema”, acompanhado da imagem de um herói dizendo que “Você ainda pode acertar no escuro.”

O tweet é definido como um momento icônico na história da propaganda nas redes sociais. Claro, foi um conteúdo inteligente, mas o mais importante, foi no tempo perfeito.

E aquele tweet, que apareceu tão espontaneamente, foi programado em 18 meses.

Observação: Criar um post com um título delicioso é o caminho seguro para ganhar cliques. Mas, assegure que você não prometa demais e ofereça conteúdo de menos. Esse tipo de engajamento vazio irá ferir a reputação na sua marca a longo prazo.

Dois exemplos de mídias que construíram um tráfego enorme usando os estímulos de compartilhamento em seus conteúdo são o BuzzFeed e a UpWorthy. Os seus títulos atrativos deram a eles uma atenção tremenda, mas muitas vezes acabavam recebendo críticas do público.

3. Causar raiva ou medo na sua audiência estimulará mais o engajamento… mas faça isso de forma regrada e sábia

Emoções fortes ativam o nosso sistema nervoso e nos deixam entusiasmados. É por isso compartilhamos conteúdo que inspiram espanto.

Mas há outro aspecto da emoção… 

A Raiva.

Quando você está nesse estado, compartilhar nas redes sociais pode te ajudar a dar um fim nisso e te deixar mais relaxado.

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Um estudo feito sobre 70 milhões de tweets, postado na Weibo (rede social na China) em 2010, também apoia essa teoria. Pesquisadores da Universidade de Beihang descobriram que a raiva pode se espalhar de forma ampla e rápida na rede.

O medo, por outro lado, tem sido uma das ferramentas fundamentais para os profissionais de marketing. Ao localizar os pontos de dor do seu público, você pode motivá-los a agirem. Um exemplo clássico de como o medo se manifesta e abastece o uso das redes sociais é o FOMO.

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Em um estudo feito pela My Life, 56% dos usuários confessaram o medo de perder alguma atualização ou notícia importante. Então eles continuavam entrando toda hora nas redes sociais para checar o feed de notícias.  

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Agora, deixe-me te mostrar rapidamente duas formas de alavancar essas emoções.

1. Atice uma controvérsia – Uma ótima forma de obter engajamento dos seus seguidores é tomar partido e propor debates saudáveis. O lado negativo, no entanto é que discussões se promovem muito rápido nas redes sociais. Então, garanta que você tenha dados suficientes e provas para afirmar algo.    

Um grande exemplo de um figura social que gosta de criar controvérsias é o Donald Trump. Ele não mede suas palavras, e sendo uma pessoa que causa divisão, ele acaba encontrando uma tribo que apoia o seu ponto de vista.

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Os posts dele recebem milhões de interações nas redes sociais e continuam crescendo.

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O Derek, do Social Triggers, também provocou uma certa raiva em certas pessoas que acreditam que o “o conteúdo é o rei”. Ele disse que isso é um mito.

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As pessoas ficaram com tanta raiva, que não apenas comentaram e compartilharam o post, mas também escreveram sobre o assunto e criaram links para esse post.

2. Dica de crescimento usando o FOMO – Uma das maiores razões que os fãs gostam de te seguir nas redes sociais é porque eles querem que você os recompense. Então, ofereça produtos e presentes – apenas para o público das suas redes sociais.

Por exemplo, o Ketchup Heinz fez as primeiras 3000 garrafas de um sabor de edição limitada especial disponível apenas para os fãs no Facebook .

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4. Conteúdos que geram tristeza também podem ter algum tipo de impacto

Tristeza, ou em particular, nostalgia, tem sido uma das maiores formas para os profissionais do marketing atraírem a atenção do público.

Mas, será que nós não exageramos? Já que é um sentimento que não traz empolgação, ele ainda serve para aumentar os compartilhamentos do seu conteúdo?

Bom, a tristeza é uma das emoções menos existentes no conteúdo viral. O desempenho será pior do que os conteúdos felizes, positivos e até os de raiva.

Mas, segundo a pesquisa de 65.000 artigos em dois sites de notícias realizado pelo Fractl, ao encontrar o equilíbrio entre a empolgação e a dominância, você pode inspirar e surpreender o seu público. Então, até mesmo imagens negativas e de baixa emoção podem se tornar virais.

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Aqui estão dois exemplos.

1. Provoque reações que farão as pessoas refletir – A campanha “Como uma garota” tem uma conotação negativa. A teoria da campanha é que limitamos e insultamos as meninas.  Ainda assim, os vídeos tiveram milhões de visualizações e comentários fundamentados por mulheres.

2. Sim, existe algo como a tristeza “bela” – Você já assistiu uma série do YouTube chamada “O dicionário dos sofrimentos obscuros”?

Cada episódio descreve uma emoção única e poderosa. O narrador, John Koening, consegue retratar a beleza e a admiração, mesmo de sofrimentos e emoções negativas na vida.

Com mais de 100.00 visualizações em cada episódio e mais de 180.000 inscritos, é tranquilo dizer que tristeza pode ser interpretada de uma forma bela e pode se tornar viral.

Conclusão

Na nossa essência, somos seres emocionais. Não podemos tomar decisões usando apenas a lógica, então tente invocar uma emoção para incentivar o compartilhamento por parte do seu público.

Algumas emoções funcionam melhor do que outras para atingir o nível viral. Os estudos que te mostrei neste artigo são interessantes para um começo. Muitos deles até mesmo são se contradizem, porque foram realizados com públicos diferentes, em contextos diferentes e em redes diferentes.  

As preferências do seu público irão variar. Recomendo que você fique atento a como você usa a controvérsia para invocar a raiva. É uma arma letal que pode ferir o seu marketing nas redes sociais.

Se você está buscando por formatos para integrar elementos emocionais na sua transmissão de conteúdo, aqui está um ótimo quadro do Buzzsumo.

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Você já usou emoções para provocar o seu público e alcançar bons resultados? Me fale nos comentários abaixo.

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