Checklist SEO: 5 Pontos Fundamentais Para Blogueiros

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A maior parte do processo de otimização dos mecanismos de busca é composta de aspectos não técnicos. Você escreve conteúdo relevante e de alta qualidade, voltado para o interesse do seu público-alvo. Entra em contato com proprietários de sites de autoridade no assunto, e começa um relacionamento para ganhar backlinks.

Mas o SEO não está limitado às usuais técnicas On-Page e Off-Page. Você deve ir além de palavras-chave, links e conteúdo. Se você construir uma base técnica forte em seu site ele terá as melhores chances de se classificar melhor nos resultados dos mecanismos de busca.

O Google se tornou muito mais sofisticado. Mas se você puder ajudar o robô de rastreamento da ferramenta a entender a arquitetura do seu site, ele irá rastrear e indexar o seu conteúdo mais facilmente. E apresentar a informação do jeito que os robôs de busca gostam, irá ajudar você a conseguir excelentes resultados.

Você quer saber qual o checklist SEO para desenvolver os aspectos técnicos?

Isso inclui otimizar a sua URL, deixar a navegação do seu site impecável, consertar o código do seu site, entre outras coisas.

Eu entendo se você estiver ficando nervoso após escutar tais termos técnicos. É por isso que neste artigo eu preparei um checklist SEO com um conteúdo técnico amigável para iniciantes.

Pronto para aumentar o seu tráfego orgânico com o SEO?

Vamos começar.

1. Use o Screaming Frog para organizar a estrutura de URLs do seu site

Uma arquitetura bem desenvolvida irá te trazer o tão desejado amor das ferramentas de busca.

Comece o rastreamento do seu site fazendo o download do Streaming Frog (limite de 500 URL’s na versão gratuita). Ele irá buscar os principais elementos do site, encontrar as páginas com títulos duplicados, meta descrições, além de rever a estrutura de URLs do seu site.

Para começar, coloque o endereço do seu site no espaço em branco e aperte o botão ‘Start’.

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A ferramenta irá processar os resultados rapidamente, dependendo do tamanho do seu site. Há uma barra na parte superior onde você pode verificar o progresso.

Após a análise, acesse a aba ‘Response Codes’. Ela mostrará o status do código HTTP das suas URL’s.

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Eu vou explicar a importância desses status e dos pontos de redirecionamento no tópico 2.

Você também pode verificar os erros de rastreamento do seu site, utilizando o Google Webmasters. Veja um guia de como consertar vários tipos de erros de rastreamento.

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Agora, acesse a aba URL da ferramenta e organize a coluna por tamanho.

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Uma boa URL é curta (4 a 5 palavras) e explica o conteúdo dentro dela.

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Procure todas as URL’s com textos estranhos e com caracteres fora do padrão ASCII. Esses erros podem trazer problemas de indexação. O Screaming Frog possui filtros para encontrar essas URL’s com apenas um clique.

Garantir que você tenha um título atraente, uma imagem no tamanho apropriado, e uma meta descrição persuasiva, faz parte do SEO on-page. Por isso, não vou entrar nesses detalhes, apesar da ferramenta possuir abas e filtros para esse tipo de SEO.

Uma funcionalidade essencial da ferramenta é a criação de um mapa XML do site – um guia para os motores de busca entenderem como o seu conteúdo está organizado.

Você vai encontrar o recurso na a barra de navegação superior, abaixo de Sitemaps > Create XML Sitemap.

Um grande site pode ter vários mapas. Porque um mapa XML não pode ter mais de 50.000 URLs e o tamanho do arquivo do mapa deve ser inferior a 10 MB.

Uma vez criado, você pode enviar o mapa do site a partir do Google Search Console, em “Rastreamento >> Sitemaps >> Adicionar/Testar Sitemap.”

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Eu também aconselho criar um mapa do site em HTML que possa ser lido pelos usuários (também ajuda os motores de busca). Se você utiliza o WordPress, você pode baixar o Plugin Yoast’s SEO para criar um mapa em HTML.

Em 2007, o Google e o Yahoo se uniram para utilizar um sistema de rastreamento de mapas de sites – sem a necessidade de você enviar o seu mapa para todos os motores de busca.

Então, você também precisa mostrar a localização do seu mapa no arquivo robot.txt do seu site. Este artigo explica como você pode criar um arquivo robot.txtintegrando a localização do seu mapa.

Dica Pro: Agrupe o conteúdo do seu site de acordo com as palavras-chave principais, para que os mecanismos de busca possam compreender do que se trata o seu site. Por isso você deve organizar o seu conteúdo em categorias de fácil compreensão, e todas as suas páginas devem ser acessíveis com 3 ou 4 cliques.

As páginas que precisam de mais de 4 cliques para ser acessadas, dificilmente serão rastreadas. Por isso use filtros e uma navegação categorizada. Assim você deve ser capaz de reduzir milhões de resultados para alguns poucos essenciais com dois cliques. 

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2. Implemente corretamente os redirecionamentos e conserte os links quebrados para otimizar o seu orçamento de busca

Deixe-me mostrar rapidamente o significado dos principais códigos HTTP.

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Vamos falar sobre os códigos mais importantes – 301, 302 e 404.

Comece entendendo como usar a versão correta dos redirecionamentos. Muitos webmasters se confundem entre:

  • 301 – um redirecionamento permanente que passa 90-99% da propriedade da página original.
  • 302 – um redirecionamento temporário que indica ao motor de busca que a página original será restaurada em breve.

Se você usar um redirecionamento 302 em vez do 301, você irá confundir os motores de busca. E se o 301 for usado por muito tempo, você pode perder algum tráfego.

Como um princípio básico:

Se você não estiver mais disposto a ter uma página em seu site, faça o redirecionamento 301 para uma página mais atualizada e relevante.

Você também precisa prestar atenção especial às páginas que apresentam o erro 404 (encontradas com o Google Webmasters e o Streaming Frog no primeiro tópico).

Elas podem ser as páginas do seu site que:

  • Foram transferidas para outro diretório,
  • Não receberam o link correto dos outros webmasters,
  • Tiveram suas URL’s deletadas do seu site.

O principal ponto é que essas URL’s incorretas desperdiçam o tempo do Google, indexando um conteúdo não existente no seu site.

Como?

O Google separa um orçamento de rastreamento para cada site, baseado no Page Rank deles (uma métrica interna usada pelo time de buscas do Google, não a que você vê).

Segundo a análise do Botify, a proporção do rastreamento é 81% para os sites maiores e apenas 11% para os menores.

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Por isso, se você desperdiçar o seu valioso orçamento em links que não existem, a banda disponível para rastrear as URL’s importantes será limitada.

Então crie uma página 404 amigável que mostre a personalidade da sua marca, ou faça o redirecionamento 301 a partir do erro 404 para uma página relevante do seu site para preservar o link juice.

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Para ter certeza que o Google rastreie as URL’s mais importantes do seu site, você precisa ter uma estrutura de links internos que faça sentido e uma boa usabilidade. Use naturalmente palavras-chave com textos-âncora para trazer usuários e robôs para outras páginas relevantes em um artigo.

Você irá construirá uma relevância com a palavra-chave e irá melhorar a rastreabilidade do seu site. Se você quiser definir quais páginas são mais importantes (baseado nos links internos), você pode acessar o relatório de links internos no Google Search Console.

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Veja mais dicas para otimização do orçamento de busca aqui.

Em uma análise, o HubSpot descobriu que o erro 404 estava na verdade resolvendo um código de resposta 200, em vez de realmente resolver o problema do erro 404. Isso significa que eles estavam pedindo ao Google para rastrear e indexar sua página de erro 404.

Além disso, eles descobriram vários links incorretos de outros sites. Por exemplo, sua URL -https://www.hubspot.com/products/inbound-marketing/ possuía 370 links (incluindo um link .gov). Essa página não existia no site!

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Após verificar a página de erro ‘não encontrado’, eles descobriram que ela possuía mais de 8.000 backlinks de mais de 2.000 domínios diferentes.

Uau!

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Eles removeram a página ‘não encontrada’, para que fosse para uma página de erro 404. Além disso, fizeram o redirecionamento 301, enviando os usuários da URLs incorretas para páginas relevantes em seu site.

3. Remova a sujeira do seu código e faça o seu site carregar rapidamente

A não ser que você more em uma caverna, você já conhece a importância de carregar o seu site rapidamente. Cada segundo de atraso no carregamento pode significar uma queda de 7% nas conversões.

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Uma maior velocidade está associada a um melhor posicionamento nas buscas. Segundo a Moz, a velocidade afeta menos de 1% dos termos de busca.

Porém, 40% das pessoas irão fechar um site se ele levar mais de 3 segundos para carregar. Melhorando esse número, você pode dar respostas rapidamente para pessoas com um baixo nível de concentração. Você conquistará um maior engajamento, e uma melhor classificação nas buscas.

Vamos começar entendendo os problemas que afetam o seu site com a ferramenta do Google PageSpeed Insights. Coloque a sua URL na ferramenta e aperte o botão “Analisar”.

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Uma pontuação acima de 80 é boa. Mas você deve considerar consertar os erros apontados pela ferramenta.

Se você quiser saber o tempo exato, acesse o Pingdom e faça o teste de velocidade.

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Você verá o tempo de carregamento do seu site, junto com o tamanho da página, sua pontuação, e o número de requisições que o seu site está enviando.

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Se o seu site levar mais de 7 segundos para carregar, você precisa trabalhar nas recomendações sugeridas pela ferramenta.

Comece instalando o CloudFlare – uma rede gratuita de Distribuição de Conteúdo. Ela poderá economizar 60% do seu uso de banda e reduzir consideravelmente o número de requisições feitas pelo seu site.

Os usuários do WordPress podem instalar um plugin de cache, como o W3 Total Cache.

Apenas realizando essas mudanças, o Chris conseguiu reduzir 8 segundos do tempo de carregamento do seu site, de 9,18 segundos para apenas 1,98 segundos.

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Vários outros problemas podem tornar o seu site mais lento. A Venture Harbour realizou um ótimo trabalho compilando 22 ações para melhorar a velocidade do seu site.

Não se esqueça que melhorar o tempo de carregamento do seu site nas versões mobile e desktop envolvem ações diferentes. Considerando que uma boa experiência no mobile é igualmente importante, veja algumas dicas para aumentar a velocidade dos seus sites mobiles neste artigo sobre landing pages mobile.

4. Resolva os problemas de conteúdos duplicados e superficiais

Problemas com conteúdos superficiais e duplicados apareceram depois da atualização Panda do algoritmo do Google em 2011. Essa atualização penalizou os sites com conteúdos de baixa qualidade. Conteúdos duplicados confundem os motores de busca quando eles tentam encontrar a página mais relevante do seu site, reduzindo assim o seu tráfego.

De acordo com um estudo realizado com a ferramenta de edição de sites Raven de 2015, 29% dos sites possuem problemas de páginas duplicadas. Na verdade, esse é um dos 5 maiores problemas comuns no SEO.

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Como resolver esses problemas?

Comece verificando o seu site com o Siteliner. Ele irá rastrear até 250 páginas e mostrará o conteúdo duplicado, classificado pelo índice de semelhança.

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Você também pode usar o Google Search Console para verificar os problemas de duplicação. Acesse “Aspecto da pesquisa >> Melhorias de HTML” e clique no link para visualizar os conteúdos duplicados especificamente.

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Dependendo da situação, você pode recorrer a qualquer um dos seguintes 3 passos para resolver o problema de conteúdo duplicado:

1. Implemente tags “noindex” – Se você possui problemas de duplicação de conteúdo devido a paginação, você pode configurar as meta tags para “noindex, follow”. Isso garante que os motores de busca irão rastrear os links na página específica, mas não irão incluí-los em seu índice.

2. Implemente a tag rel=“canonical” na tag <head> da página duplicada – Essa é uma forma de mostrar a sua versão preferida da sua página ao Google.

Isso resolve os problemas não intencionais de duplicação de conteúdo resultantes de sessões IDs, códigos de afiliados e paramentos de URL.

Veja 3 URLs que levarão os visitantes para a mesma página, mas poderão ser indexadas como páginas separadas nas buscas, gerando uma punição:

  • neilpatel.com/blog/13-secrets-thatll-boost-your-facebook-organic-reach/
  • neilpatel.com/blog/13-secrets-thatll-boost-your-facebook-organic-reach/?sessionid=5349312
  • neilpatel.com/blog/13-secrets-thatll-boost-your-facebook-organic-reach?ref=email/

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3. Delete ou reduza a quantidade de conteúdo duplicado – Essa é uma solução simples, se for possível para você.

5. Saia na frente com os rich snippets nas SERPs

Você já ouviu falar de schema markup?

É um vocabulário de dados estruturado, recomendado pela maioria das ferramentas de busca.

Os robôs de busca usam esses dados para entender o seu conteúdo, categorizar as suas páginas e apresentar os rich snippets nas SERP’s. O Schema markup não é um fator de ranqueamento nas buscas, mas pode impactar positivamente o seu CTR.

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Essa possibilidade não é nova e envolve trabalho manual, por isso muitos webmasters não a implementam. Em um rastreamento de mais 200 milhões de páginas pela Raven, 80% das páginas não utilizavam o schema markup.

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Você pode começar com o assistente de marcação de dados estruturados do Google. Ele demonstrará passo a passo o processo de marcação de dados para a sua URL. Você também pode acessar o tutorial de marcação de dados da KISSMetrics.

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Se você utiliza o WordPress, o plugin Schema Creator pode ajudar a apresentar as informações.

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Conclusão

Não subestime a importância da parte técnica do SEO. O HubSpot conseguiu aumentar o seu tráfego em 51,14% em apenas um mês, fazendo mudanças na parte técnica do SEO.

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Os 5 tópicos abordados nesse artigo são fáceis de serem implementados por iniciantes. Eles irão construir uma base sólida para as suas ações de SEO.

Se você ainda está confuso com o conceito de SEO técnico, eu estou aqui para ajudar. Qual o principal problema que está impedindo você de identificar as questões técnicas do SEO no seu site? Ou, se você for um especialista em SEO técnico, por favor compartilhe algumas dicas nos comentários abaixo.

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