Você não gostaria de ter um daqueles negócios enormes, com orçamentos de marketing de milhões de dólares? Eles são capazes de fazer campanhas criativas que eu e você só podemos imaginar. Essas empresas têm equipes enormes, com uma variedade de profissionais talentosos e incríveis.
Do outro lado da moeda estão as pequenas startups, geralmente formadas de grupos de empreendedores loucos para causar impacto. Geralmente, essas empresas têm apenas alguns milhares de dólares em seu orçamento de marketing – ou nem isso. Mas elas são incansáveis e gostam de agir.
Mas obviamente, as grandes empresas estão na dianteira…
Será?
Deixe eu te contar uma coisa:
As mídias sociais não se importam com o orçamento de marketing de uma empresa.
As mídias sociais são compostas por usuários que esperam ver ,regularmente, histórias interessantes e divertidas. Sempre que um usuário vê um post com uma história relevante e impressionante, ele se esforça para compartilhá-la com outras pessoas.
Assim, até mesmo pequenas empresas conseguem viralizar nas mídias sociais e mostrar sua marca para centenas de milhares de pessoas.
É por isso que as mídias sociais são um canal de marketing fértil para pessoas comuns, como eu e você. No passado, muitos negócios construíram um público nas mídias sociais ao compartilharem conteúdo interessante, útil e de alta qualidade.
E a melhor parte é que as mídias sociais se movem a uma velocidade inacreditável. Ao contrário do SEO, você não precisa esperar muito tempo para ver resultados. Mesmo um sucesso viral pode ser o gatilho do crescimento no qual a sua startup deseja.
Neste post quero te mostrar 4 estratégias de growth hacking baseadas em mídias sociais. Também vou compartilhar estudos de caso de empresas que as colocaram em prática. Vamos começar.
1. O fenômeno viral do YouTube
10 anos atrás, a internet não era o centro da nossa existência. Os consumidores eram expostos a novos produtos principalmente através de comerciais de TV, jingles no rádio, anúncios em jornais e revistas e etc.
Para os pequenos negócios (especialmente os que estavam começando), era um desafio conseguir as centenas de milhares de dólares necessárias para produzir e rodar comerciais.
E assim, as pequenas empresas ficavam de fora. De fato, o Entrepreneur.com aponta que 79% dos profissionais de marketing não conheciam o termo web 2.0 em 2006. As pequenas empresas não tinham a menor ideia da nova era de publicidade online que estava por vir.
Alguns dos maiores nomes do mundo dos negócios do business perceberam a importância do crescimento das plataformas digitais. Talvez tenham lido o relatório do MarketingExperiments.com, publicado em novembro de 2006, que constatou que as campanhas de marketing de vídeo viral aumentam a taxa de cliques em 759%.
Um deles foi o Dr. Bob Wagstaff. Após inventar o limpador de língua Orabrush, ele decidiu criar um infomercial de TV para vender o produto.
Isso custou 40 mil dólares.
E quantas vendas foram geradas?
Apenas 100.
Mas Bob não desistiu. Seguindo uma recomendação de um estudante local, Jeffrey Harmon, ele decidiu anunciar o Orabrush no YouTube e colocou o produto online.
O primeiro vídeo, com o título “Bad Breath Test – How to Tell When Your Breath Stinks” foi produzido com um orçamento de $500. Assista abaixo, o comercial original e hilário:
O vídeo viralizou (e hoje tem mais de 27 milhões de visualizações). A Orabrush continuou a fazer experimentos com vídeos e a expandir seu canal no YouTube.
Em um ano as vendas de Orabrush geraram um milhão de dólares. Em 2011, a empresa fez um acordo com a Walmater para distribuir seu produto em 7.000 lojas.
Um dos principais fatores que ajudou a Orabrush, foi que eles foram um dos primeiros negócios a apostar na publicidade no YouTube. Segundo estimativas da própria empresa, a Orabrush adquiriu 90% do inventário do YouTube. Era quase impossível não conhecer os vídeos da Orabrush.
As empresas que chegaram ao YouTube mais tarde, encontraram mais concorrência. Ainda assim, você pode se destacar e rapidamente conquistar clientes com um conteúdo interessante, útil e divertido.
Provavelmente você conhece o Dollar Shave Club (DSC) – eles foram adquiridos recentemente por 1 bilhão de dólares, pela Unilever.
Você sabe como eles começaram a vender seu serviço de assinatura de aparelhos de barbear?
Com um vídeo hilário, que atraiu muita atenção e viralizou.
Dentro de 48 horas após o lançamento do vídeo no YouTube, 48 mil pessoas assinaram o serviço.
Meu segundo exemplo é uma empresa que te ajuda a fazer mais (literalmente) a cada visita ao banheiro. Conheça a Squatty Potty.
A empresa tinha um produto esquisito, usado em uma atividade que as pessoas não gostam de mencionar. Mas o Squatty Potty tem benefícios para a saúde. Assim, eles decidiram espalhar mais informações sobre o produto lançando um vídeo inusitado no YouTube e no Facebook.
Com mais de um milhão de compartilhamentos no Facebook e 65 milhões de visualizações, as vendas do SquattyPotty cresceram em 600%. Sim, talvez você ache o vídeo um pouquinho nojento, mas o esforço inovador do marketing deles deu resultado.
O que me lembra de outra startup que abordou o grande tabu da menstruação de uma forma divertida. A Hello Flo lançou um serviço de assinatura de absorventes e viralizou com vários vídeos vistos por mais de 10 milhões de pessoas.
Não há dados disponíveis sobre as vendas do serviço. Mas a Hello Flo conseguiu criar um anúncio com um humor ousado e uma história engraçada, que gera identificação com seu público. Foi uma tentativa brilhante de eliminar o tabu em torno da menstruação.
Tenho certeza que muitos usuários que viram os vídeos, compraram e recomendaram o serviço de assinatura da HelloFlo.
Em meu último exemplo, quero apresentar Chris Stoikos. Ele já construiu dois negócios virais. No primeiro, ele criou a TheCoolBox e conseguiu 250 mil dólares de investimento através de uma campanha no Indiegogo. Chris começou a divulgação do produto com alguns anúncios no Facebook.
Mais tarde, Chris lançou seu segundo negócio, o Dollar Beard Club. O nome sugere uma cópia do Dollar Shave Club. De fato, Chris fez uma paródia do vídeo viral do DSC e lançou uma narrativa única para a sua marca.
2. Impressione gatekeepers com os seus produtos
Kurt Lewin é considerado por muitos o pai da psicologia social. Em 1943, ele criou uma teoria importante que mostra como a informação é divulgada após ser filtrada: a teoria dos gatekeepers.
Essa teoria tinha o objetivo de determinar como a informação se dissemina no mundo da comunicação em massa. Os gatekeepers decidem quando e qual informação você irá ler.
Mihaly Csikszentmihalyi criou um modelo similar, que demonstra como o trabalho criativo é disseminado. Se quiser, você pode ler a explicação detalhada sobre o domínio, o campo e a pessoa neste artigo de article by Jeff Goins. O modelo define se um trabalho tem autoridade e valor.
No mundo da internet, impulsionado pela informação, a autoridade para guardar a informação não está limitada aos gatekeepers tradicionais.
Então por que apresentar essas teorias?
Porque basicamente, todos os campos das mídias sociais continuam a ser controlados por umas poucas pessoas. E elas podem te ajudar a mostrar seu trabalho para um público de milhares ou mesmo milhões. Estou falando dos influenciadores.
Seu talento e o trabalho duro que você colocou na criação de um produto inovador é apenas a metade da equação. Você também precisa fazer o marketing do seu produto para que ele chegue ao seu público-alvo. E uma das formas mais populares, criativas, autênticas e pessoais de marketing é o marketing de influenciador.
Um grande exemplo de uma marca que teve bons resultados com esse tipo de marketing é a GNC. Eles aproveitaram influenciadores de vários micronichos para aumentar sua página no Facebook, ganhando 383 mil fãs e 60 mil seguidores no Twitter.
Plataformas de mídia social, como o Snapchat e o Instagram, também são excelentes locais para recrutar influenciadores. Você também deve considerar pessoas além do seu nicho. Modelos, celebridades e outros influenciadores podem ter uma grande quantidade de seguidores.
Você pode ler meu estudo pessoal sobre marketing de influenciador no Instagram, onde eu gerei mais de 330 mil em 3 meses aqui. Deixe eu compartilhar alguns exemplos:
A UWheels é um grande exemplo de uma marca que conseguiu 1,2 milhões de dólares em vendas através de mídias sociais. Seu principal método de vendas foi conseguir que modelos e celebridades postassem sobre o seu produto.
A Shredz, uma empresa de suplementos nutricionais, tem uma história similar. Em 2012, eles geraram 90 mil em receita. Para crescer, eles fizeram parcerias com influenciadores, como a modelo fitness Paige Hathaway (que tem 700 mil seguidores).
O resultado foi quase 5 milhões de dólares em receita no ano seguinte. E eles nem precisaram de capital externo, e usaram apenas os 21 funcionários que já tinham para chegar a esse resultado. O fundador da empresa, Arvin Lal, compartilhou que a receita bruta deles cresce de 15% a 20% a cada mês.
Shredz mostrou alguns dos atletas que trabalham com a marca em seu site.
Mr. Lal resumiu a oportunidade incrível que as mídias sociais oferecem para todo tipo de negócio nas seguintes palavras:
“As mídias sociais são o nosso motor: no backend, somos na verdade, uma empresa de marketing. Simplesmente gostamos do fitness e vemos esse mercado como uma oportunidade para gerar uma boa receita e ajudar pessoas.”
O último exemplo que quero compartilhar é o da empresa de e-mail marketing Convert Kit. Nathan levou a empresa do prejuízo a $318.000 em receita, com 51% de rentabilidade.
Quer saber como Nathan fez a empresa crescer do zero?
Com muitas vendas diretas.
Como exemplo, aqui está um e-mail que ele enviou a blogueiros que usavam outros serviços de e-mail marketing.
Na verdade, a maioria dos e-mails de alcance que ele enviou não foi “frio”, já que ele tinha muitos contatos no segmento. Ele convenceu blogueiros muito bem sucedidos, como Pat Flunn, Leo Babauta e Bryan Harris a usarem seu produto.
Bryan, Pat e outros blogueirs com muita influência continuam a fazer webinários com o ConvertKit e a recomendá-lo a seus seguidores.
Pat Flynn gerou mais de 10 mil dólares de receita como afiliado através do ConvertKit, todo mês, desde abril. Imagine então a receita que ele, sozinho, já direcionou para o ConvertKit!
3. Gamificação com botões de compartilhamento em mídias sociais
80% dos lares nos Estados Unidos têm um aparelho de vídeo game. Até os adultos gostam de jogos. Assim, gamificação é um hack indiscutível.
Uma startup famosa, que usou essa técnica com sucesso, é a DropBox. Eles facilitaram aos usuários compartilhar o DropBox deles com amigos. Até ofereceram incentivos como 500 MB de espaço gratuito, para incentivar as recomendações. Isso ajudou a DropBox a aumentar suas assinaturas em 600%.
Em seu lançamento, eles criaram escassez ao lançar um grande evento só para convidados, e até restringiram o acesso ao serviço a convidados. Outros usuários entraram em uma lista de espera.
Para dar uma amostra do produto, a DropBox lançou um vídeo de demonstração. Em 24 horas, o vídeo já tinha mais de 10 mil diggs e levou a lista de espera de 5.000 para 75.000 usuários.
A seguir, a DropBox ofereceu mais espaço gratuito para quem se conectasse à marca no Facebook ou no Twitter.
O Groupon também ofereceu incentivos para aqueles usuários que recomendassem o serviço a amigos.
Se você quer iniciar a gamificação do seu conteúdo, veja as técnicas que eu compartilhei neste artigo do Quick Sprout.
4. Motive o público com conteúdo interativo e que tenha engajamento
Sei que muitos de vocês, guerreiros das startups, ainda estão na fase de construção. Seu produto ainda não está pronto e você espera gerar uma grande reação.
Mas como você sabe, segredos e mistérios atraem as pessoas.
Conheça uma das startups mais quentes do mundo:
A Magic Leap.
Eles estão construindo um sistema de realidade aumentada e virtual. Mas o produto é um segredo, e eles ainda não anunciaram uma data de lançamento.
Então por que será que eles estão ganhando espaço na mídia? E como foi que eles conseguiram mais de 36 mil seguidores no Twitter e mais de 66 mil fãs no Facebook?
Porque esse clima misterioso funciona bem nas mídias sociais.
Além disso, eles compartilham conteúdo engajante e interativo nas mídias sociais.
Eu já mencionei que construir um público antes de lançar o seu negócio é uma excelente estratégia de marketing?
Crie o seu público publicando conteúdo engajante nas mídias sociais.
Conclusão
Entenda o seu público. Seja único. Compartilhe conteúdo engajante e de alta qualidade. Construa relacionamentos com influenciadores. Incentive o compartilhamento. Crie ansiedade. E então faça tudo outra vez.
É assim que eu resumiria as quatro técnicas que mostrei nesse artigo. Espero que os exemplos e estudos de caso tenham te inspirado.
Agora quero ouvir suas histórias de growth hacking baseado em mídias sociais. Que tal compartilhar sua experiência na seção de comentários abaixo?
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